Prudente atinge 1 mil casos de dengue em menos de 45 dias

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Na terça-feira (11), a Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) divulgou novo balanço sobre a situação da dengue em Presidente Prudente. Agora, a cidade soma 1.005 casos positivos da doença em menos de 45 dias.

Há ainda 5 mil notificações de casos suspeitos aguardando por resultados de exames, além de três mortes em investigação. Neste ano, a dengue já matou duas pessoas.

Prudente corre o risco de sofrer um novo surto de dengue diante do reflexo visto por meio do aumento expressivo de atendimentos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que já apresentam sinal de lotação.

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Reforço

O prefeito Milton Carlos de Mello (Tupã, Republicanos) cumpriu agendas oficiais em São Paulo. Em reunião com o deputado estadual Danilo Campetti, conquistou a destinação de R$ 300 mil em emenda parlamentar para Presidente Prudente, recurso que deve ser utilizado em ações de enfrentamento à dengue.

Confira 11 dicas para colocar em prática já e deixar sua residência livre do mosquito:

1. Mantenha a caixa d’água totalmente vedada e avalie a colocação de uma tela na saída do ladrão. O mesmo cuidado é válido para cisternas e tonéis que servem como reservatório de água;

2. Feche bem os sacos de lixo e procure colocá-los em locais mais altos, fora do alcance de animais. Já as lixeiras devem permanecer sempre muito bem tampadas;

3. Avalie quais pratinhos de plantas podem ser eliminados e preencha com areia até a borda aqueles que forem mantidos;

4. Dispense corretamente no lixo qualquer tipo de objeto que não seja utilizado e tenha potencial para acumular água. Garrafas, potes e vasos devem estar vazios e, se possível, tampados;

5. Retire folhas, galhos e sujeiras que impeçam o livre escoamento da água da chuva pelas calhas;

6. Instale telas nos ralos e mantenha-os sempre limpos. Caso estejam fora de uso, deixe-os muito bem tampados – o mesmo é válido para sanitários que são utilizados eventualmente;

7. Limpe e seque as bandejas de ar-condicionado e geladeira – modelos mais antigos do eletrodoméstico podem ter o reservatório na parte de trás;

8. Utilizando a parte mais áspera da bucha, esfregue muito bem o fundo e as laterais de potes de água oferecidos a animais, assim como qualquer outro apetrecho usado para guardar água;

9. Na área de serviço, mantenha baldes e outros utensílios virados com a boca para baixo;

10. Estique ao máximo as lonas usadas para cobrir objetos, evitando a formação de poças d’água em caso de chuva;

11. Mantenha em dia a manutenção de piscinas. Os cuidados semanais incluem sanitização da água com cloro e a limpeza das bordas.

Dicas extras para reforçar o cuidado com a sua família:

– Instale barreiras físicas, como telas nas janelas e portas, além de mosquiteiros em cima de camas e berços.

– Caso seja possível, use roupas claras e que cubram boa parte do corpo.

– Aplique repelente na parte da pele que ficar exposta e, também, por cima da própria roupa. Grávidas estão liberadas para usar o produto, desde que esteja registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já os menores de 2 anos não podem usar repelentes à base de DEET; para crianças entre 2 e 12 anos, a concentração da substância não pode ultrapassar os 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia.

O ciclo reprodutivo do mosquito e a transmissão da dengue

A cada postura, as fêmeas do Aedes aegypti depositam centenas de ovos na parede de criadouros em potencial, geralmente localizados próximos a uma superfície de água. Escuros e menores do que um grão de areia, os ovos podem durar mais de um ano caso permaneçam em ambiente seco, mas eclodem rapidamente assim que entram em contato com a água. Em apenas sete dias, as larvas completam seu ciclo de transformação.

Na fase adulta, o mosquito apresenta coloração marrom e listras brancas bastante características nas regiões das pernas e do tórax. Capaz de viver por mais de 45 dias, o Aedes aegypti possui hábitos diurnos, geralmente se alimentando e se reproduzindo à luz do dia. As fêmeas são as únicas capazes de picar humanos, uma vez que precisam de uma fonte de proteína (sangue) para a maturação dos ovos – se ela estiver infectada, é nesse momento que ocorre a transmissão do vírus da dengue.

Os primeiros sintomas da doença aparecem, em média, cinco dias após a picada do mosquito transmissor e o quadro costuma incluir febre repentina, dor de cabeça, muscular e atrás dos olhos, e prostração. Vômitos persistentes, dor abdominal intensa e sangramento de mucosa são sinais de alerta. Diante de qualquer um desses sinais, a pessoa deve procurar o serviço de saúde imediatamente.

Portal Prudentino