Milho: cotação no mercado interno segue pressionada, confira!

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Preço do milho segue em queda, retração de compradores e foco no campo pressionam cotações no mercado interno

O milho volta a registrar desvalorização em várias regiões do país, puxado pela cautela dos compradores e pela postura mais flexível dos produtores, que priorizam o trabalho no campo em meio a expectativas climáticas mistas.

O mercado do milho interno enfrentou mais uma semana de pressão negativa nos preços, com quedas disseminadas nas principais praças acompanhadas pelos analistas. O cenário de baixa tem como principal motor a atitude mais comedida de boa parte dos compradores, que optam por consumir os estoques armazenados em vez de buscar novos volumes no mercado spot. Esse movimento estratégico visa aproveitar possíveis desvalorizações futuras, reduzindo a urgência nas aquisições e impondo uma pressão direta sobre as cotações do milho.

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Nas negociações que, de fato, se concretizam, os preços ofertados do milho têm sido inferiores, o que acentua a tendência de enfraquecimento nos valores internos. Ao mesmo tempo, do lado dos vendedores, observa-se um comportamento pragmático: muitos produtores estão mais focados nas atividades de manejo e colheita, o que tem levado a uma certa flexibilidade nos preços e nos prazos de entrega, facilitando acordos mais rápidos, porém com remunerações menores.

Safra avança com ritmo acelerado

O andamento das atividades no campo segue em ritmo intenso. A semeadura da segunda safra — a famosa “safrinha” — foi oficialmente concluída, conforme o boletim mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no último dia 14. Já a colheita da safra de verão mostra um desempenho animador, com 65,5% da área nacional já colhida, superando com folga a média dos últimos cinco anos, que está em 60,3%.

Esses avanços vêm acompanhados de um olhar atento ao comportamento climático, especialmente nas regiões produtoras do Paraná e de Mato Grosso do Sul, onde o tempo seco em março causou preocupação. Agora, os agricultores aguardam o retorno das chuvas com expectativa, na esperança de minimizar eventuais impactos na produtividade das lavouras da segunda safra.

Em um cenário de incertezas e oscilações, o setor mostra capacidade de adaptação, ajustando decisões comerciais e operacionais conforme o pulso do mercado e as condições do campo.

Agro News