A Polícia Civil investiga a morte de um ex-casal em Álvares Machado (SP). Os corpos foram encontrados nesta quinta-feira (7) em uma edícula no Parque dos Pinheiros.
As vítimas são uma mulher de 32 anos e um homem de 29, que estavam separados recentemente.
O delegado da Polícia Civil, João Paulo Tardin, informou que os corpos estavam no corredor da residência, em início de rigidez cadavérica. O acesso à residência não estava bagunçado e sem sinais de violência.
Segundo o delegado, o rapaz possuía uma lesão muito severa no pescoço, bem abaixo do queixo. “Provavelmente essa lesão foi feita com uma navalha de barbear localizada próximo ao joelho, da mão direita dele. Tinha muito sangue no local e essa navalha [estava] próxima da mão direita dele”, explicou Tardin.
A mulher foi encontrada quase ao lado do ex-marido. O delegado explicou que nela também foi identificado um corte muito profundo na região do pescoço, parecido com o do ex-marido. Atrás da mulher havia uma faca de cozinha toda ensanguentada.
Tardin explicou que ainda é temerário cravar a dinâmica dos fatos, mas a polícia não descarta a possibilidade de um feminicídio seguido de suicídio.
A polícia também localizou uma corda com algumas correntes penduradas no teto da área de acesso da edícula. Nesse local havia gotas de sangue no chão.
Relatos informais colhidos no local indicam que o homem teria relatado que praticaria uma barbaridade.
O delegado disse que relatos também apontam que o homem já teria agredido a ex-esposa, porém esses fatos não foram registrados na polícia.
“Não consta violência doméstica entre eles. Ele já foi preso em 2015 por associação ao tráfico, extinto crime de formação de quadrilha e corrupção de menores. Ele não apresenta registros policias recentes”, esclareceu Tardin.
O delegado ainda disse que informações iniciais apontam que o homem apresentava problemas psiquiátricos e fazia acompanhamento com médico.
O local onde os corpos foram encontrados foi periciado.
Ainda de acordo com o delegado, foi requisitado exame necroscópico para as vítimas.
G1PP – Imagem Ilustrativa