Lockdown em Xangai atrasa entrega de agroquímicos

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A política de tolerância zero à Covid-19 e o lockdown na China mantêm filas de navios acumulados ao redor do maior porto de contêineres do mundo, em Xangai. O problema logístico gera atrasos na distribuição de matérias primas e eleva custos, que também impactam o agronegócio brasileiro. A China atingiu a maior participação da história como origem das importações de produtos brasileiros nestes quatro primeiros meses de 2022. Dados do Conselho Empresarial Brasil China apontaram o país asiático como origem de 23% das nossas compras. No quadrimestre, entre os produtos chineses mais importados pelo Brasil estão herbicidas, inseticidas e fungicidas, com aumento de 209% em volume e 375% em valor.

O índice grande de importação reforça o argumento defendido pela CropLife Brasil de que não faltará agroquímicos para a safra 22/23. O problema não será de abastecimento, mas de custos altos, o que também é fruto dos desafios logísticos como no porto de Xangai. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), estão sendo registrados atrasos na entrega de matérias primas, mas a expectativa é que haja tempo suficiente para recompor a produção para o início da safra verão e não há motivo para desesperos no momento. Até julho, a estimativa é que 70% do total de agroquímicos necessários para tratamento da produção já estejam no Brasil.

Apesar dos gargalos logísticos, a indústria adiantou operações e acelerou a importação para diminuir os riscos de abastecimento. Se não houver piora no quadro na China e outras surpresas, a expectativa é que a safra nova possa iniciar com segurança e químicos disponíveis para tratamento da produção contra pragas e doenças. Seguiremos acompanhando todo dia o que acontece lá e que possa impactar o agro daqui.

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