A produção e a venda de veículos cresceram em julho de 2022 na comparação tanto com junho quanto com julho de 2021, de acordo com levantamento divulgado nesta sexta, 5, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O crescimento nas vendas foi modesto: o avanço foi de 2,2%, frente a junho e de 3,7% na comparação com julho do ano passado. No total, 181.994 unidades foram vendidas – o que torna o segundo melhor mês do ano, atrás apenas de maio. No acumulado do ano, a defasagem ainda é de 12% em relação ao mesmo período de 2021, com 1,1 milhão de emplacamentos. Ainda foram exportados 41,9 mil veículos, 11,4% a menos que em junho e 76,3% a mais que em julho de 2021. No total do ano, o volume de 288 mil unidades encaminhadas ao exterior supera em 28,7% o resultado de igual período do ano passado. A exportação se mantém num bom patamar, mas teve um pequeno recuo em julho, após três meses seguidos de crescimento, o que é creditado principalmente à crise econômica na Argentina.
Já a produção teve uma elevação mais robusta: foram 218.950 autoveículos produzidos, alta de 7,5% sobre junho e de 33,4% sobre julho de 2021, quando a crise global dos semicondutores surpreendia a indústria em geral. No acumulado do ano, as 1,3 milhão de unidades produzidas já estão no mesmo patamar dos sete primeiros meses do ano passado. “Havia, e ainda há, muitos veículos incompletos nos pátios das montadoras, apenas à espera de determinados itens eletrônicos. Esses modelos só entram na estatística de produção quando são totalmente finalizados, o que vem ocorrendo com maior frequência, e isso explica essa melhora no fluxo de produção nos últimos três meses. Ainda temos restrições de insumos e logística, como mostram essas paradas de fábrica, mas estamos recebendo mais semicondutores do que no ano passado e do que no primeiro trimestre deste ano”, explicou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao comunicar o resultado.
Jovem Pan