Preços da soja sobem e negócios melhoram no Brasil. Negociadores voltam ao mercado

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Os preços da soja subiram no mercado brasileiro nesta terça-feira (9). Com Chicago subindo forte e o dólar valorizando, os negociadores voltaram ao mercado, ainda que a

comercialização tenha sido apenas moderada.

Mercado doméstico

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Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 184,50 para R$ 186,50

Região das Missões: a cotação avançou de R$ 184,00 para R$ 186,00

Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 188,00 para R$ 192,00

Cascavel (PR): o preço ficou passou de R$ 180,50 para R$ 184,50

Porto de Paranaguá (PR): a saca valorizou de R$ 187,00 para R$ 191,00

Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 171,00 para R$ 173,00

Dourados (MS): a cotação avançou de R$ 171,00 para R$ 175,00

Rio Verde (GO): a saca aumentou de R$ 166,00 para R$ 168,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em forte alta. O mercado atingiu os melhores patamares em duas semanas, impulsionado pela previsão de clima seco no Meio Oeste dos Estados Unidos e pela piora nas condições das lavouras americanas.

Números divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que 59% das lavouras americanas estavam entre boas e excelentes condições, dentro do esperado pelo mercado, mas 1 ponto percentual abaixo da semana anterior.

Importante destacar o bom desempenho do farelo de soja, que ajudou na elevação também do grão. Com margens favoráveis, o subproduto apresentou forte alta. Há boa demanda por parte dos processadores em um momento de pouca disponibilidade da oleaginosa.

O mercado também se posiciona frente ao relatório de agosto do USDA, que será divulgado na sexta (12). O Departamento deve reduzir a sua estimativa para a safra e os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2022/23. Os estoques para 2021/22 deverão ser elevados.

Apostas dos analistas

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,471 bilhões de bushels em 2022/23. Em julho, a previsão ficou em 4,505 bilhões de bushels. No ano passado, a safra somou 4,435 bilhões de bushels.

Para os estoques finais, o mercado indica número de 227 milhões para a temporada 2022/23 e de 228 milhões para 2021/22. Em julho, a previsão do USDA era de 230 milhões e 215 milhões, respectivamente.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 99,2 milhões de toneladas, contra 99,6 milhões estimados em junho. Para 2021/22, a aposta é de estoques subindo de 88,9 milhões para 88,7 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 48,25 centavos ou 3,29% a US$ 15,12 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 14,28 3/4 por bushel, com perda de 28,75 centavos de dólar ou 2,05%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 12,70 ou 2,91% a US$ 449,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 65,76 centavos de dólar, com ganho de 0,41 centavo ou 0,62%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em alta de 0,31%, cotado a R$ 5,1290. A moeda foi impactada diretamente pela expectativa da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que ocorre amanhã às 9h30, e deve indicar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Canal Rural