Três coisas que você deve saber sobre o infarto

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O infarto é a maior causa de mortes no país, segundo o Ministério da Saúde, que estima que ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais no país. A cada sete episódios, uma pessoa não resiste e morre. Hoje vamos trazer três informações importantes sobre a doença, com profissionais e entidades renomadas. Confira:

Risco é maior no inverno: Segundo Hélio Castello, cardiologista e coordenador do serviço de hemodinâmica e cardiologia Intervencionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os riscos de infarto são maiores no inverno. O clima frio faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, diminuindo os calibres em todo o corpo. Esse tipo de estreitamento, segundo o médico, é especialmente preocupante para pessoas que já têm algum grau de obstrução ou entupimento nas artérias do coração, porque acaba deixando os vasos ainda menores, o que aumenta a chance de um infarto. Em dias de frio, para ajustar a perda de calor, o organismo coloca em ação um mecanismo para manter a temperatura do corpo constante. Esse processo é denominado de vasoconstricção periférica. “Sabiamente, o corpo humano diminui o calibre [a grossura] das artérias nas mãos, pés, orelhas, nariz, para diminuir a perda de calor. Isso ocorre para privilegiar e manter a temperatura adequada do coração, cérebro e outros órgãos nobres”, explica Dr. Caio Henrique, cardiologista e arritmologista pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Como consequência da diminuição do calibre das artérias e veias, a pressão arterial aumenta, ou seja, ocorre o mesmo quando você aperta a ponta de uma mangueira e a água sai com mais pressão ao permitir que ela volte a fluir pela mangueira. “Por essa razão, digamos, mecânica ou física, a pressão arterial tende a subir no frio e, por conta disso, no inverno, existe um aumento da incidência de angina (dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração), infarto e AVC”, alerta o cardiologista. Dados como o da American Heart Association (AHA), que indicam aumento de arritmias cardíacas, morte súbita, infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), que sobem em até 25% em períodos de queda de temperatura.

Tempo é vida: A cada minuto que uma vítima de parada cardíaca fica sem atendimento, ela perde de 7% a 10% de chance de sobreviver. Se você souber fazer massagem cardíaca, pode salvar uma vida.  Se, por acaso, alguém cair na sua frente, com uma parada cardíaca, o primeiro passo é  ligar para o 192 e pedir ajuda. Em seguida, iniciar a massagem cardíaca na pessoa. Se elas forem realizadas em até cinco minutos após a parada, a taxa de sobrevida é de 50% a 70%, segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).  Para ajudar a população, a entidade preparou um vídeo explicativo, com o passo a passo para ajudar uma vítima.

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Colesterol alto, um inimigo do coração: O colesterol alto pode limitar o fluxo de sangue e acarretar problemas no coração. As doenças cardiovasculares ocasionadas pelo colesterol alto são a principal causa de mortes no mundo atualmente, atingindo mais de 100 mil brasileiros por ano. Segundo o Ministério da Saúde, quatro em cada dez brasileiros têm colesterol alto. O médico cardiologista Silvio Pollini, coordenador da cardiologia do Vera Cruz Hospital, ressalta os cuidados que se deve ter para evitar complicações. “O colesterol alto acontece quando a substância já produzida pelo organismo é somada a uma alimentação rica em gordura, ao sedentarismo e ao histórico familiar. O acúmulo de gordura no interior das artérias pode elevar o risco de complicações cardiovasculares”, explica. A doença não apresenta sintomas e pode ser detectada por um exame de sangue. “Existe o colesterol bom e o colesterol ruim. O bom é conhecido pelo HDL, que são moléculas de alto peso molecular, que atuam ‘limpando’ as paredes das artérias das moléculas do LDL, conhecidas como o colesterol ‘mau’, pois são essas moléculas que vão causando progressivamente o entupimento das paredes dos vasos sanguíneos, em especial as artérias”, esclarece.

CURTAS

Derrubando mitos sobre vacina contra pólio: A nova fase da campanha nacional contra a poliomielite, que visa crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses ou que ainda não tomaram as doses de reforço, merece atenção das famílias. A pólio, também conhecida como paralisia infantil,  tem certificado de erradicação no país desde 1994. No entanto, nos últimos anos tem caído a cobertura vacinal, motivo de preocupação em autoridades de saúde e especialistas. O médico Alexandre Piva, infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo, listou duas dúvidas comuns de mães, e esclarece: Meu filho parece ter baixa imunidade, pois fica resfriado constantemente, devo dar a vacina? “A vacina contém vírus inativado, portanto, é contraindicada em crianças com comprometimento imunológico. Um pediatra deve ser consultado”, explica. A criança recebeu uma ou duas doses e não completou o esquema vacinal, o que fazer? “O esquema não recomeça do zero, a criança receberá a dose faltante e as de reforço conforme o PNI – Programa Nacional de Imunizações”, afirma.

PS do Instituto da Criança do HC fechado por 10 dias: Desde a sexta-feira, 12, o Pronto-Socorro do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas de São Paulo está interditado em razão de obras na estrutura do prédio. O fechamento, diz a instituição, deve durar 10 dias. Neste período, o Instituto da Criança e do Adolescente orienta para que os pacientes recorram a outros serviços de pronto-socorro da rede pública de saúde.

Margareth Dalcolmo é eleita para a Academia Nacional de Medicina: A pesquisadora da Fiocruz e pneumologista Margareth Pretti Dalcolmo passa ocupar a cadeira de número 12 da Academia Nacional de Medicina (ANM). Ela recebeu 69 votos dos 80 membros da ANM que votaram. O ocupante anterior da cadeira era o médico pediatra Azor José de Lima, que foi professor-emérito da UniRio, falecido em agosto de 2020. A médica foi muito atuante, somando mais de 500 entrevistas e participações nas emissoras de TV e rádio e nos jornais nos últimos dois anos, esclarecendo dúvidas e trazendo informações claras e objetivas sobre a pandemia de Covid-19. Dalcolmo é a quinta mulher a se tornar membro da ANM. Dona de uma sólida carreira acadêmica, ela é hoje uma referência nacional na medicina e na ciência.

Medalhista Olímpico Xuxa participa de campanha sobre asma grave: O medalhista Olímpico Fernando Scherer, o Xuxa, que começou a nadar por recomendação médica contra a asma, abraçou a causa para conscientizar a população. Nesta terça-feira, 16, ele participa do lançamento da nova campanha da AstraZeneca, que tem como mensagem principal mostrar que não é preciso conviver com os sintomas da asma, em especial a falta de ar. Mesmo sem cura, o tratamento adequado é capaz de controlar a doença, que hoje atinge cerca de 20 milhões de brasileiros e gera 350 mil internações por ano. A asma grave, de difícil controle, representa entre 5% e 10% dos casos.

Desconhecimento  sobre infecção feminina chega a 49%, diz pesquisa – Uma pesquisa inédita conduzida pelo IPEC aponta que 49% das brasileiras nunca ouviram falar de vaginose, infecção que acometeu 13% de 2 mil entrevistadas. A condição ocorre por conta de um desequilíbrio no pH e na flora vaginal. Não se trata de uma doença de contato sexual. Falar sobre o tema gera desconforto. Segundo o levantamento, 45% sentem desconforto em falar sobre sua saúde íntima enquanto 30% ficam envergonhadas em comprar medicamentos para essa finalidade. A pesquisa foi encomendada pela marca Gino-Canesten, da Bayer.

Novo tratamento para câncer de endométrio: Após obter aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), chega ao mercado o Jemperli (dostarlimabe), indicado para o tratamento do câncer de endométrio. O câncer endometrial é um dos tipos de cânceres mais comuns que afeta os órgãos reprodutivos femininos e é o 6º câncer mais prevalente em mulheres em todo o mundo. “Nosso portfólio busca oferecer benefícios verdadeiramente transformacionais para as pessoas que vivem com câncer. Nosso foco inicial no país são os cânceres ginecológicos”, afirma Deborah Soares, Head de Oncologia da GSK Brasil.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.