Os benefícios do horário de verão, dos pontos de vista físico, mental e social, não podem ser ignorados. É o que avalia o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética, órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, Mauricio Tolmasquim. Na semana passada, o governo Bolsonaro decidiu não avançar nas discussões para a possibilidade de adotar novamente o programa na virada de 2022 para 2023.
Desde o início do governo não há mais horário de verão no Brasil, uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). A atual gestão fez cálculos que levaram à conclusão de que, do ponto de vista de produção de energia, os benefícios são pequenos com a adoção do horário.
Tolmasquim concorda, mas destaca outros benefícios que não se podem medir com a mesma facilidade, de questões relativas à saúde da população. “Com maior tempo de claridade, aumenta o sentimento de segurança das pessoas, elas aproveitam a claridade para realizar exercícios físicos ao ar livre ou confraternizar com seus colegas de trabalho. Hábitos que geram uma demanda para o comércio e o setor de serviços”, defende. O governo argumenta que não há tempo hábil para fazer um estudo aprofundado sobre vantagens e desvantagens do horário de verão no Brasil e, por isso, não será aplicado no próximo verão.
Rodrigo Viga – Jovem Pan