Ferrari flerta com os crossovers e revela o Purosangue, seu primeiro modelo 4 portas

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É inegável que os SUVs representam, hoje, os modelos de maior sucesso entre as principais fabricantes globais, desde as generalistas até as focadas em produtos de alto luxo ou esportivos.

Enquanto Lamborghini, Porsche, entre outras montadoras de destaque contam com representantes no segmento, era de se esperar que a Ferrari já estava estudando formas de oferecer um esportivo equivalente aos seus afortunados consumidores.

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E a resposta surgiu nesta terça-feira com a apresentação definitiva do Purosangue, modelo que estava longe de ser um segredo muito bem guardado e há um bom tempo circulava levemente camuflado nas cercanias de Maranello.

Talvez classificar o Purosangue como um SUV pareça um certo exagero, mas é fato que ele deve figurar como um dos modelos mais versáteis já produzidos pela Ferrari.

Entre as qualidades que conferem ao Purosangue ares de veículo com alto valor colecionável está o fato da novidade se tornar o primeiro automóvel da Ferrari a contar com carroceria 4 portas.

Em sua apresentação, a Ferrari destaca que o Purosangue conta com “quatro bancos generosos, aquecíveis e capazes de acomodar confortavelmente quatro adultos”.

Realçando o fator praticidade, a Ferrari acrescenta que o Purosangue oferece o maior porta-malas já criado para um esportivo da marca, no caso com 473 litros, assim como os bancos traseiros são rebatíveis, permitindo o transporte de objetos de maior porte.

De olho nos clientes de SUVs da concorrência, a Ferrari detalha que o Purosangue oferece uma posição de dirigir mais elevada, porém a “condução permanece íntima e próxima ao solo para proporcionar uma maior conexão com as capacidades dinâmicas do carro”.

Criar um modelo como o Purosangue, capaz de oferecer nível de espaço interno e capacidade de carga superiores, sem perder as características de refinamento dinâmico inerentes à marca, certamente foi um desafio à altura dos projetistas da Ferrari.

Para tanto, os engenheiros posicionaram o motor V12 e a unidade de transferência de potência (PTU) na dianteira do veículo, deslocando a caixa de câmbio para o eixo traseiro.

Com isso, a Ferrari alcançou uma distribuição de peso de 49% na dianteira e 51% na parte traseira do Purosangue, relação considerada pela marca “a ideal para um carro esportivo com motor médio-dianteiro”.

Sob o capô do Purosangue reside o 6.5 V12 naturalmente aspirado entregando até 735 cv (725 hp) a 7.750 rpm e 73 kgfm de torque a 6.250 rpm.

Segundo a Ferrari, 80% da força máxima já está disponível a 2.100 rpm, garantindo vitalidade de sobra nas respostas do esportivo a todo momento.

Com uma transmissão de dupla embreagem de 8 marchas e sistema de tração integral, o Purosangue alcança 100 km/h em apenas 3,3 segundos e cumpre a aceleração de 0 a 200 km/h em 10,6 segundos.

Ainda entre as primazias do Purosangue, o crossover é o primeiro modelo da Ferrari a contar com suporte ao Apple CarPlay e Android Auto em sua central multimídia.

Com o pacote de tecnologia superior que se espera em um carro dessa classe, o Purosangue conta com os principais assistentes de condução de série.

Por fim, destaca a Ferrari, o modelo conta com acionamento elétrico para a tampa do porta-malas e a opção de teto de fibra de carbono, que, segundo a marca italiana, pesa 20% a menos do que um teto de alumínio com isolamento acústico, oferecendo alto nível de rigidez.

Até o momento não há previsão de estreia do Ferrari Purosangue no mercado brasileiro. Na Europa, o modelo foi apresentado com valor sugerido de 390.000 euros, pouco mais de R$ 2 milhões em uma conversão simples, sem levar em conta tributos e custos de importação.

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