Operação Mitéra prende seis pessoas envolvidas em esquema que levava drogas para dentro de penitenciária em Presidente Venceslau

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A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (22), seis pessoas envolvidas em um esquema criminoso de tráfico de drogas que levava entorpecentes para dentro da Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP).

A Operação Mitéra, que apura o envolvimento de mulheres visitantes de presos na penitenciária com o tráfico de drogas, teve início em 2021, quando uma das envolvidas foi flagrada entrando na unidade prisional com cerca de 100 gramas de maconha introduzidas em seu corpo.

As investigações, então, chegaram à estrutura da organização responsável pelos crimes, e identificaram as pessoas que faziam o aliciamento das mulheres, o embalo das drogas, o pagamento do trabalho de introdução dos entorpecentes na unidade prisional e as encarregadas de entrar na penitenciária com os entorpecentes em seus corpos.

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A Polícia Civil cumpriu nove mandados, nesta quinta-feira (22), e prendeu seis pessoas, de 21 a 47 anos, envolvidas com o esquema criminoso em Presidente Venceslau e Osasco (SP).

Conforme a Polícia Civil, seis dos envolvidos na organização são moradores de Osasco, e, destes, cinco são mulheres. Os outros três suspeitos já são presos da própria P2, em Presidente Venceslau.

Outras três suspeitas, também moradoras de Osasco, não foram encontradas durante o cumprimento dos mandados judiciais e estão foragidas.

De acordo com o delegado Roberto Miguel, responsável pelas investigações, as mulheres, que, em sua maioria, precisavam estar nos últimos meses de gravidez, introduziam as embalagens contendo as drogas em seu corpo com o intuito de burlar o aparelho de “scanner” no momento da revista antes da entrada no presídio, porém, foram surpreendidas, pois o aparelho identificou os entorpecentes que elas portavam.

“Elas envolviam as drogas com algum material e colocavam dentro da cavidade vaginal, então, elas entravam dentro do organismo”, explicou Miguel.

A conclusão das investigações pela Polícia Civil levou à decretação da prisão preventiva das pessoas localizadas e, inclusive, dos homens que já são presidiários na P2.

Todos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e associação criminosa.

O delegado explicou que o nome dado à operação faz referência à palavra grega “mitéra” que, em português, significa “mãe”.

“As mulheres envolvidas são mães”, salientou Miguel.

G1PP