Rival do Pulse, SUV 7 lugares… o que a Renault está preparando para o Brasil

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Ao longo dos últimos meses a Renault está anunciando algumas mudanças estratégicas relevantes em seu portfólio nacional.

No segmento de carros 100% elétricos, a marca oferece em seu portfólio o Kwid E-Tech como uma opção acessível para quem deseja migrar para o universo de modelos com este tipo de propulsão.

Já em 2023, a Renault vai importar ao Brasil o Megane E-Tech, nome conhecido por aqui e que em sua geração mais recente evoluiu para um interessante crossover com motorização não poluente.

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Entre os modelos com propulsão térmica convencional, a Renault prepara-se para uma mudança importante em seu portfólio comercializado no Brasil.

Em primeiro lugar, a marca trabalha em seu projeto HJF para substituir seus hatches compactos no país.

A novidade, ao que tudo indica um SUV pequeno, vai inaugurar a produção local da plataforma CMF-B e deverá ter porte semelhante ao Fiat Pulse, atuando em igual faixa de mercado.

Com o projeto HJF, a Renault colocará no mercado um produto mais competitivo em relação ao Sandero e ao Stepway, além de mais condizente com sua nova diretriz global de priorizar a lucratividade em suas operações (com produtos de valor agregado superior) ao invés do volume de vendas em si.

Sob o capô, o veículo derivado do projeto HJF também vai inaugurar o motor 1.0 turbo com injeção direta no portfólio da Renault, opção de propulsor que já está presente nas gamas de todas as rivais diretas da marca e que faz falta por aqui para tornar os modelos da empresa mais eficientes.

O lançamento do projeto HJF, entretanto, deverá ocorrer entre o fim de 2023 e começo de 2024, portanto em um intervalo de tempo não tão rápido quanto gostaríamos.

Avançando para uma etapa posterior à estreia do projeto HJF, outras duas investidas são aguardadas por parte da Renault para deixar claro seu reposicionamento no mercado brasileiro.

A primeira delas está relacionada com a próxima geração do Duster, a qual está em desenvolvimento pela Dacia e deverá estrear mundialmente entre 2024 e 2025.

Segundo apurações da imprensa especializada global, o Duster completamente renovado vai preservar suas duas características mais fortes, no caso o custo-benefício agressivo e o apelo robusto. Porém, ao migrar para a plataforma CMF-B, seu projeto vai contemplar ganhos em segurança, tecnologia e também a possibilidade da eletrificação de seus conjuntos propulsores, algo inexorável, sobretudo na Europa, para atender normas de emissões cada vez mais restritivas.

Ao lado do novo Duster, outra iniciativa da Renault para o Brasil e demais mercados emergentes (como a Índia, por exemplo) reside na entrada da marca no segmento de SUVs 7 lugares.

Para tanto, a aposta do Grupo Renault reside em um SUV derivado do conceito Dacia Bigster, o qual, aqui no Brasil, adotará uma identidade visual devidamente adaptada para a marca francesa. Apesar da subsidiária romena não ter entrado em detalhes sobre a parte interna do Bigster, seu comprimento de 4,60 m sugere que a oferta de três fileiras de assentos é plenamente viável para o veículo.

Apesar de relegada ao esquecimento nos últimos anos, a categoria de carros nacionais com três fileiras de assentos promete ganhar força no médio prazo.

Enquanto a Chevrolet deverá promover uma atualização ampla da Spin, a Citroën vai lançar por aqui em 2023 o irmão SUV com 7 lugares baseado na mesma família do C3, ambos produzidos em Porto Real (RJ).

É provável que o SUV da Renault inspirado pelo conceito Dacia Bigster poderá adotar um posicionamento de preço acima da nova Spin ou do SUV 7 lugares da Citroën, mas certamente ele será mais competitivo financeiramente em relação a modelos como o CAOA Chery Tiggo 8 e o Jeep Commander, contudo preservando o mesmo apelo robusto dos dois modelos citados anteriormente.

Ainda não sabemos quando a Renault deverá dar início a produção local de seu SUV 7 lugares, porém 2025 parece uma boa aposta. Vamos acompanhar de perto!

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