O mercado automotivo discute a descarbonização da mobilidade mundial. Para o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Besaliel Botelho, o país lidera a redução dos combustíveis fosseis e deixa para trás nações desenvolvidas. “Nós temos os veículos flex, a etanol, temos os biodiesel, etc. Nós temos várias alternativas. A AEA está mostrando hoje quais as rotas que o Brasil tem. O tema não é eletrificação, é descarbonização. Eu diria que o Brasil é primeiro mundo na descarbonização, porque temos uma matriz energética limpa. Europa, China e Estados Unidos são terceiro mundo na descarbonização, porque terão que investir muito para buscar uma rota, que seria a eletrificação, porque eles não têm alternativa”, disse Botelho.
A AEA lançou um estudo sobre a evolução tecnológica regional de matrizes energéticas disponíveis no país. Emissões, segurança energética, conectividade e segurança veicular. O diretor de tendências tecnológicas da entidade, Everton Lopes, coloca as metas para redução de poluentes e motores mais econômicos no Brasil. “Nós temos uma nova fase, que é a Rota Fase 1, em torno de 11%. Isso traz uma redução significativa na emissão de CO2 do veículo. Associado a isso, tem a questão do biocombustível, que vem com uma indicação de crescimento da matriz. Lógico que precisamos de incentivos e de ferramentas que apoiem o consumidor a escolher a fonte renovável. Com isso, mais adiante, teremos uma redução de CO2 e uma contribuição nos gases do efeito estufa no geral”, disse Lopes.
As ruas do Brasil já circulam com maior visibilidade veículos híbridos ou 100% elétricos. Os híbridos alternam entre motores elétricos e à combustão. Já os totalmente elétricos dependem de recargas em locais específicos e possuem, em geral, baixa autonomia. Ambos garantem significativa economia na hora de rodar, mas os preços de venda são muito caros, longe da maioria da população brasileira.
Jovem Pan