Estimativas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam que a população brasileira realizou o repasse de R$ 2,89 trilhões em impostos para o governo federal, segundo informações do Impostômetro. O índice considera o montante arrecadado por governos federal, estadual e municipal incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. A placa, instalada na região central da capital paulista, registrou a marca de R$ 2.890.489.835.290,32 em impostos.
Segundo a associação, o valor é 11,5% superior ao de 2021, quando os contribuintes brasileiros pagaram cerca de R$ 2,6 trilhões. A Receita Federal ainda informou que a arrecadação no mês de novembro atingiu R$ 172,038 bilhões, aumento de 3,25% em comparação ao mesmo mês em 2021. De acordo com a instituição, este é o melhor resultado para o período desde 2013. No acumulado de janeiro a novembro de 2022, a arrecadação federal somou R$ 2,008 trilhões, valor que representa um crescimento de 8,8% em relação a igual período do ano passado.
O acumulado do ano representa o melhor desempenho em arrecadação já registrado desde 1995, início da série histórica. Economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, avalia que o crescimentos da tributação paga em 2022 deve-se à maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações promovidas pelo governo, como foi o caso dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. “Adicionalmente, ainda, tivemos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e serviços. A nossa carga tributária continua sendo elevada para os padrões de um país emergente.
A reforma administrativa e a contenção dos gastos públicos são alguns dos caminhos para diminuir o peso dos impostos”, pondera. Ele defende a realização de reformas estruturais para reduzir o peso dos impostos. Secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys também afirmou que os dados positivos comprovam os resultados do trabalho do Ministério da Economia nos últimos quatro anos, com aumento da arrecadação sem aumento de impostos. Ele também destacou a estratégia clara de consolidação fiscal, melhorando o perfil do gasto público. Secretário especial da Receita Federal do Brasil, Julio Cesar Vieira Gomes, destacou que o aumento de arrecadação em 2022 ocorreu mesmo sob a implantação de desonerações necessárias ao longo do ano, abrangendo praticamente todos os tributos federais.
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