Oferecer melhores experiências e serviços turísticos a partir de ações que impactem positivamente a qualidade de vida de visitantes e moradores. É com este norte que cidades integrantes de um projeto-piloto organizado pelo Ministério do Turismo vêm adotando iniciativas voltadas à criação de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI), calcadas em pilares como acessibilidade, governança, inovação, marketing, sustentabilidade e segurança.
Um dos exemplos vêm de Angra dos Reis (RJ). O município desenvolve os projetos “Angra, Cidade Inclusiva”, que busca permitir o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a atrativos, e “Angra Mais Segura”, que envolve um novo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, responsável por monitorar 148 câmeras. A cidade dispõe, ainda, de dois ônibus elétricos, dotados de acessibilidade e de rede wi-fi, entre outras iniciativas.
Os avanços também ocorrem em Campo Grande (MS). A Prefeitura local investe na nova Rede Municipal de Alta Velocidade, com capacidade para conectar mais de 400 localidades, oferecendo internet gratuita em mais de 100 pontos, além da disponibilização de um Sistema Unificado de Prestação de Contas, que reúne dados de contratações e licitações, e de plataformas digitais, a exemplo das que recebem sugestões e reclamações e emitem alvarás digitalizados.
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, ressalta a importância das ações para impulsionar a recuperação do setor após impactos da pandemia de Covid-19. “O novo viajante está cada vez mais interessado em destinos que trabalham quesitos como inovação, acessibilidade e segurança pública. Vamos trabalhar para apoiar e incentivar os nossos atrativos turísticos a oferecerem serviços de vanguarda, que ajudem a consolidar a atratividade do país como um grande destino global de visitantes”, frisa Daniela.
Recife (PE) é outra cidade que registra aprimoramentos. O município organizou ações a exemplo do lançamento de um e-book com os principais pontos turísticos acessíveis, e do Programa Ilumina a Vista, que garante luzes cênicas em pontos turísticos. A Prefeitura promove, ainda, o projeto Recife Limpa, para ampliar a coleta de lixo, e criou o primeiro “Smartlet”, área no bairro do Recife alimentada por energia solar e que oferece wi-fi e carregadores de celulares.
Avanços também são verificados em Salvador (BA), que já dispõe de iluminação pública 100% LED e de câmeras de monitoramento no Centro Histórico e na Orla Atlântica; no Rio de Janeiro (RJ), que lançou o LABTUR, incubadora de inovação destinada a micro e pequenas empresas, e Rio Branco (AC), que conta, pela primeira vez na história da capital do Acre, com uma Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Inovação.
REGIÃO SUL – Por meio do projeto Destinos Turísticos Inteligentes, inciativas se destacam, ainda, em Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). Na capital do Paraná, a Torre Panorâmica, no ponto mais alto da cidade, permite agendamento online de visitas. Já a capital de Santa Catarina oferece um aplicativo de realidade aumentada, com atrativos como a Ponte Hercílio Luz, e conta com rotas turísticas inteligentes, nas quais uma parceria junto à startup Smart Tour coleta informações sobre a movimentação de visitantes.
PROJETO – As localidades participantes do projeto-piloto de DTI no país, que também incluem Brasília (DF) e Palmas (TO), já contam com certificados de “Destinos Turísticos Inteligentes em Transformação”, conferidos pelo Ministério do Turismo. A iniciativa do MTur buscou adaptar ao Brasil a metodologia de DTI criada na Espanha pela SEGITTUR (Sociedad Mercantil Estatal para la Gestión de la Innovación y las Tecnologías Turísticas).
A adaptação foi possível graças a uma parceria firmada pelo Ministério do Turismo com o Instituto Ciudades del Futuro, que acompanha comunidades da Argentina na concepção e na implantação de ações inovadoras. Em breve, os Destinos Turísticos Inteligentes brasileiros certificados devem ser novamente avaliados pelo MTur para a concessão do “Selo DTI” aos que cumprirem pelo menos 80% dos seus planos de transformação.
Por André Martins – Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo