A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou nesta terça-feira, 14, no Rio de Janeiro, um sistema para identificar o início de novos surtos de doenças infecciosas. Através do cruzamento de dados por meio de um processo de modelagem elaborado por engenheiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele emite sinais sobre locais que reúnem indícios do início de um cenário de preocupação sanitária, tornando possível a adoção de medidas em tempo hábil para evitar ou reduzir novos contágios. O lançamento do chamado “Sistema de Alerta Precoce para Surtos com Potencial Epi-Pandêmico (Aesop) ocorreu durante a 6ª Conferência Global de Ciência, Tecnologia e Inovação (G-Stic). O pesquisador da Fiocruz e coordenador do projeto, Manoel Barral-Netto, explicou que para evitar novas emergências sanitárias é necessário detectar os seus sinais de forma mais precoce possível. Ele frisou que o sistema tem potencial para identificar surtos de doenças novas ou já conhecidas. “Na vigilância em saúde, devemos agir rapidamente porque, se você perder tempo, você perde a oportunidade de proteger as pessoas. Atualmente, já existem vários mapas de riscos que indicam potenciais locais onde um surto pode acontecer. Nós queremos ir além. Queremos identificar os primeiros momentos do início do surto. Se a gente conseguir ganhar 15 dias, já é um tempo enorme para tomar as medidas necessárias e impedir que a doença se espalhe muito. Em alguns aspectos, ganhamos até 30 dias”, completou.
Jovem Pan