Quebra de bancos nos EUA não deve afetar o Brasil diretamente, diz economista

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O fechamento de bancos nos Estados Unidos não deve afetar o sistema financeiro brasileiro, avalia o economista Paulo Luives: “A situação é diferente, primeiro, porque tem uma baixíssima exposição, quase inexistente, do SVB com os bancos brasileiros. E até mesmo a posição de solvência dos bancos brasileiros é muito confortável e muito robusta, até porque o nosso sistema financeiro acaba sendo mais concentrado e mais concentrado em bancos de grandíssimo porte. Então, a solidez bancária do sistema financeiro brasileiro acaba trazendo um grau de conforto maior. Óbvio que um movimento de solvência em bancos nos Estados Unidos, por exemplo, acaba afetando indiretamente o Brasil, porque se tem um movimento de adensamento de risco do investidor. Isso afeta a nossa inflação na questão dos bens importados, que também sofrem elevação de preço, mas o efeito sistêmico disso, até o momento, não se apresenta no sistema financeiro brasileiro”.

Analistas financeiros avaliam o impacto na queda de juros do Brasil. A taxa Selic em 13,75% tem gerado críticas do presidente Lula à condução do Banco Central pela impossibilidade de uma retomada econômica. A taxa básica de juros será debatida na reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, na próxima semana. O Fed, o Banco Central Norte-americano, iniciou o movimento de elevação na sua taxa de juros também para conter a inflação, mas a crise no sistema bancário pode desacelerar o movimento. Já no Brasil, o mercado aguarda o novo arcabouço fiscal, prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para uma análise da mudança de expectativas do Banco Central em relação à inflação em alta também no país.

Jovem Pan

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