Chevrolet Onix e Tracker ficam mais econômicos, mas poluem mais

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Na tabela de consumo atualizada que o Inmetro divulgou há pouco tempo, os Chevrolet Onix e Tracker chamam atenção por terem ficado mais econômicos. Mesmo sem alterações diretas na motorização. Mas não existe almoço grátis.

Curiosamente, apesar do consumo menor de combustível, a emissão de poluentes quase dobrou no hatchback e no SUV. Só que há uma possível explicação para esse acontecimento. A alteração é válida para modelos produzidos a partir de 23 de janeiro.

Melhora no consumo

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A tabela do PBEV (Programa Brasileiro De Etiquetagem Veicular) do Inmetro especifica números de consumo diferentes para o Onix e para o Tracker, de acordo com a data da produção. O SUV compacto produzido até o dia 22/01/2023 possui um número de consumo mais altos, enquanto as unidades fabricadas a partir do dia seguinte são mais econômicas.

No caso do hatchback compacto é um pouco diferente. A data para alteração nos dados é a mesma, mas somente uma versão do modelo ficou mais econômica. Já as outras, agora consomem mais combustível.

A variação está presente nas versões equipadas com a transmissão automática de seis velocidades e o motor 1.0 turbo flex de 116 cv e 16,8 kgfm. Os dados mudam no caso da versão RS do Onix em comparação com as outras, mas é igual em todas as versões do Tracker.

Chevrolet Onix

Se pegarmos como base a configuração esportivada RS, essa foi a diferença nos dados de consumo: na cidade anteriormente o modelo fazia 8,2 km/l com etanol e 11,8 km/l com gasolina. Com etanol o número permaneceu, mas com gasolina piorou levemente para 11,7 km/l.

Porém, é no percurso rodoviário que o Onix ficou mais econômico. O número com etanol passou de 9,8 km/l para 10 km/l. Já com gasolina, saltou de 14 km/l para 14,5 km/l.

Contudo, curiosamente todas as outras versões do modelo, equipadas com esse conjunto mecânico, tiveram dados de consumo um pouco mais elevados, tanto com etanol quanto com gasolina. Apesar de serem diferenças pequenas, é um ponto negativo.

Nelas, essa foi a seguinte piora: na cidade o consumo segue em 8,4 km/l com etanol, mas com gasolina caiu de 11,9 km/l para 11,8 km/l. Na estrada os dados também continuam exatamente iguais com etanol, mas descem de 15,1 km/l para 14,9 km/l quando abastecido com gasolina.

Chevrolet Tracker

Como no Tracker o consumo é o mesmo em todas as versões, basta pegar qualquer uma delas equipada com o motor 1.0 turbo para comparação. Na cidade o modelo fazia 7,7 km/l (E) e 11,2 km/l (G). Com o combustível derivado da cana-de-açúcar o consumo mudou para 7,8 km/l, mas com o derivado de petróleo segue o mesmo.

Quando analisamos os números de rodovia, essas são as mudanças: de 9,5 km/l para 9,6 km/l com etanol e de 13,4 km/l para 13,6 km/l com gasolina. Podemos perceber que no caso do SUV compacto as diferenças foram menores quando comparadas com as do Onix RS.

Bebe menos e polui mais

O Inmetro também especifica em sua tabela a emissão de poluentes. A surpresa é que eles agora estão piores nos dois modelos da Chevrolet. A projeção de CO (monóxido de carbono) no Tracker subiu de 175 mg/km para 488 mg/km.

O teste também inclui a emissão de NMOG (gases orgânicos não metanos) mais NOx (óxidos de nitrogênio). Sendo assim, nesse caso o NMOG+NOx felizmente diminuiu de 42 mg/km para 38 mg/km.

Para o hatchback da montadora americana, o CO passou de 193 mg/km para 413 mg/km. Já o NMOG+NOx também diminuiu, caindo dos 47 mg/km para 31 mg/km. Vale ressaltar, porém, que a versão RS possui dados diferentes na emissão. Nela os números pularam de 165 mg/km para 447 mg/km no caso do CO e permaneceram nos 35 mg/km para o NMOG+NOx.

O que mudou nos Chevrolet?

Nada mudou diretamente na motorização, mas segundo uma fonte do setor informou informalmente para os parceiros do site Motor1, uma possível troca no fornecedor do sistema de escape dos carros teria refletido nos números de emissões maiores, ainda que os modelos estejam dentro do limite permitido pelas normas do programa Proconve L7.

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