Mercado reduz expectativa de inflação e projeta crescimento mais lento em 2023

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Após o anúncio da Petrobras de redução de R$ 0,12 no preço do litro da gasolina na semana passada, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023, considerado a inflação oficial do país, voltou a melhorar no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 23, pelo Banco Central. A projeção para a inflação neste ano passou de 4,75% para 4,65%. Um mês antes, a mediana era de 4,86%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção oscilou de 3,88% para 3,87%. Há um mês, era de 3,86%. Para 2025, que agora tem peso minoritário nas decisões do Copom, a projeção continuou em 3,50% pela 13ª semana consecutiva – o que evidencia a reancoragem parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa seguiu em 3,50% pela 16ª semana seguida. Também foi alterada a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023. A mediana para a alta da atividade em 2023 passou de 2,92% para 2,90%, contra 2,92% há um mês.

Para 2024, o relatório trouxe estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, que continuou em 1,50% na semana, mesmo patamar de um mês atrás. Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,90%, mesmo nível de quatro semanas antes. O Boletim Focus ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que se manteve em 2,00%, mesmo nível de um mês atrás. O governo espera que o crescimento do PIB este ano alcance 3,2%. Já no Banco Central, a estimativa atual é de 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. As estimativas do Boletim Focus continuam acima do centro das metas para a inflação. Para 2023, a mediana agora está abaixo do teto da meta (4,75%), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

A expectativa para taxa básica de juros (Selic) no fim de 2023 foi mantida em 11,75% ao ano pela 11ª semana consecutiva no Boletim Focus. A expectativa segue a sinalização mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual é o mais apropriado para as próximas reuniões. Para o término de 2024, a mediana se manteve em 9,00%. Há um mês, a estimativa também era de 9,00%. As projeções para a Selic no fim de 2025 e de 2026 continuaram em 8,50%, mesma mediana de quatro semanas atrás. As expectativas para a taxa de câmbio ficaram inalteradas em R$ 5,00 para 2023 e R$ 5,05 para 2024. O Boletim Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

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