Países da União Europeia (UE) concordaram nesta quarta-feira (19) em suavizar restrições de viagem a turistas de fora do bloco antes do início da temporada de verão, informou a organização. Embaixadores dos 27 países do bloco aprovaram uma proposta de 3 de maio, da Comissão Europeia, de afrouxar os critérios para determinar países “seguros” e receber turistas totalmente vacinados de outras partes.
Eles devem criar uma lista nova nesta semana ou no começo da próxima. Com base em dados do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças, o Reino Unido e outros países cumpririam os novos critérios.
As notícias são boas, mas ainda não são perfeitas para o Brasil, primeiramente porque não estaremos nesta lista de segurança e, ademais, a CoronaVac, utilizada em 80% dos brasileiros vacinados, ainda não é considerada pelas autoridades sanitárias europeias, que ainda estão estudando a possibilidade de autorizar o imunizante do laboratório SinoVac.
AstraZeneca, Janssen, Moderna e Pfizer são as empresas autorizadas pela União Europeia e, quem comprovar a imunização por essas vacinas terá sinal verde em 27 destinos europeus que fazem parte do bloco, como Alemanha, Espanha, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Portugal e República Tcheca. Lembrando que desde o Brexit o Reino Unido não integra este rol.
VARIANTE INDIANA ENCONTRADA
Um diplomata da UE disse que casos da variante indiana no Reino Unido precisariam ser levados em conta, embora países do bloco já estejam delineando suas próprias diretrizes – Portugal suspendeu, na segunda-feira, uma proibição de viagem de turistas britânicos que vigorava há quatro meses.
CRITÉRIOS DE SEGURANÇA
Segundo as restrições atuais, pessoas somente de sete países, incluindo Austrália, Israel e Cingapura, podem entrar na UE nas férias, vacinadas ou não.
O principal critério atual é não terem surgido mais de 25 casos novos de covid-19 para cada 100 mil habitantes nos 14 dias anteriores. A tendência deveria ser estável ou decrescente, e deveria haver um número suficiente de exames, que teria que mostrar um percentual mínimo de exames negativos. Variantes que preocupam podem ser levadas em consideração.
Cada país do bloco terá a liberdade de fazer seu controle de fronteira, seja exigência de PCR negativo e/ou até de quarentena para determinados visitantes.
A comissão propôs elevar a taxa de casos a 100, e os embaixadores da UE optaram por 75. Um freio de emergência seria usado para limitar o risco de entrada de variantes no bloco.
Panrotas