Açúcar: Recorde nas exportações em dezembro/23 é só início do cenário positivo que comércio externo do adoçante deve ter em 2024

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A exportação recorde mensal de quase 4 milhões de toneladas de açúcar e melaços pelo Brasil no mês de dezembro (20 dias úteis), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com uma receita de mais de  US$ 2,038 bilhões, deve ser só o início de um cenário positivo que está por vir nos embarques do adoçante em 2024.

Em todo o mês passado, o Brasil exportou 3,684 milhões de t de açúcar. Já em dezembro de 2022 (22 dias úteis), as exportações totalizaram 2,203 milhões de t e uma receita total de US$ 953,95 milhões com os produtos.

“Não é comum que isso aconteça. Normalmente, a gente vê o pico das exportações no ano quando a safra no Centro-Sul está mais pujante, como nos meses de agosto, setembro e outubro, mas a gente teve um dezembro muito bom”, destacou ao Notícias Agrícolas Marcelo Di Bonifacio Filho, analista em inteligência de mercado da consultoria StoneX.

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Entraves logísticos, principalmente a competição com outros produtos nos portos, além de chuvas indesejadas no mês de outubro, impactaram os embarques na reta final do ano, empurrando bons volumes para dezembro. No acumulado de 2023, as exportações somaram mais de 31 milhões de toneladas e receita na casa dos US$ 15 bilhões.

O recorde registrado em dezembro e no acumulado do ano passado tendem a ser apenas o início do cenário positivo que comércio externo do adoçante deve ter em 2024 para o Brasil, segundo o analista. “A gente está com muito açúcar para ser exportado… O cenário em 2024 de exportação é excelente”, detalhou o especialista em entrevista nesta manhã durante o programa Bom Dia Agronegócio.

“A gente deve ter um janeiro um pouco maior que a média, fevereiro também, março a mesma coisa, e uma safra que começa em abril de 2023, que tem perspectivas muito positivas, principalmente para o mix açucareiro. Então, devemos ter uma exportação em 2024 também muito forte, que inclusive pode renovar o recorde de 2023, já que os estoques permanecem elevados”, explica Filho.

Por: Jhonatas Simião – Fonte: Notícias Agrícolas