O presidente da França, Emmanuel Macron, inaugurou nesta quinta-feira, 29, a Vila Olímpica para os Jogos de Paris, uma construção que considerou “exemplar”, tanto por seu caráter ambiental quanto pela proposta de receber os atletas e de se tornar “um exemplo de cidade do futuro”. “Vocês podem se orgulhar. Vocês cumpriram suas promessas, tanto em termos de prazos quanto de orçamento”, garantiu o presidente a um grupo de trabalhadores que, durante quatro anos, construiu os 82 blocos de apartamentos nos quais cerca de 14.500 atletas viverão durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deste ano.
Localizada perto do Stade de France, em Saint-Denis, que sediará os eventos de atletismo dos Jogos, a Vila Olímpica está pronta para se tornar o epicentro do evento para os atletas e foi projetada para facilitar a vida deles. Restaurantes, áreas de lazer, 7,5 hectares de espaços verdes, passeios às margens do rio Sena e apartamentos sem ar condicionado, mas projetados para atenuar a temperatura externa. Os organizadores garantem que nenhum detalhe foi esquecido para facilitar a vida dos atletas.
Para Macron, a Vila Olímpica inspirará o setor nos próximos anos, tanto pela forma como cumpriu as metas ambientais e sociais, com quatro vezes menos acidentes de trabalho do que um canteiro de obras normal, quanto pelo legado que deixará para o futuro. “Aqui vemos os edifícios que serão construídos em 2040, capazes de suportar as condições climáticas de 2050, tanto de frio quanto de calor”, disse o chefe de #stado sobre o sistema geotérmico e de resfriamento natural com o qual os edifícios foram equipados.
O presidente visitou as instalações, percorreu parte dos 52 hectares que foram convertidos em um novo bairro dividido entre três municípios no norte da capital, em um local onde antes havia uma zona industrial às margens do Sena. Acompanhado por outros líderes políticos, membros do Comitê Organizador dos Jogos e alguns ex-atletas envolvidos na candidatura, Macron elogiou o trabalho realizado que “mostra a experiência francesa no setor de construção”.
“Somos um país de construtores e, apesar da crise da covid-19, dos dois anos de inflação, da guerra na Ucrânia, conseguimos realizar o maior projeto da França em tempo recorde”, ressaltou Macron, que destacou que a mesma experiência está sendo usada para reconstruir a catedral de Notre Dame, que foi severamente danificada por um incêndio em abril de 2019 e deve reabrir suas portas no final do ano.
*Com informações da EFE – Jovem Pan