O que a Fiat mudará no Panda para o novo Uno (F1H)?

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O futuro da Fiat já está desenhado com a nova geração do Panda, vendido como Grande Panda na Europa. O modelo é o primeiro da marca italiana com plataforma compartilhada com Peugeot e Citroën, além de inaugurar a nova identidade visual da marca. Mas o que isso relaciona com o Brasil? Tudo, porque esse será o substituto do Argo ou o novo Uno.

Essa não será a primeira vez que o Panda rende um derivado para o Brasil. A atual geração do modelo, rebatizado de Pandina, era um Fiat Uno de alto custo. Havia uma forte distância visual entre os dois modelos por conta de custos, mas isso não será tão forte na nova geração.

O projeto F1H, chamado nos corredores de novo Fiat Uno e de sucessor do Argo, foi tocado junto do novo Grande Panda. A real, é que ele será uma versão de baixo custo, mas sem repetir a discrepância gigantesca que existe entre o Citroën C3 brasileiro e o europeu. Afinal, o princípio é quase o mesmo.

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Quase SUV

A plataforma do novo Fiat Uno brasileiro e do Grande Panda europeu é a CMP ou STLA Small, a mesma do Peugeot 208 e do Citroën C3. Visualmente, é possível ver alguns elementos comuns entre os modelos, além de um princípio visual comum. O Panda cresceu para se tornar um meio termo entre um hatch e um SUV, tal qual o C3.

O Uno brasileiro / F1H seguirá o mesmo princípio para substituir o Mobi e o Argo. Ele terá para-lamas em plástico preto, boa altura em relação ao solo e rack de teto nas versões mais caras. A carroceria bem quadrada será mantida, mas com alguns elementos levemente amansados.

A Fiat sabe que o público brasileiro é mais tradicionalista e conservador. E, diferentemente da Europa, onde ela tem Opel, Peugeot e Citroën para fazer mais volume e ela pode se dar ao luxo de ser a ousada da turma, aqui no Brasil a situação é diferente. A marca é líder de vendas e substituir Argo e Mobi por um carro polarizante é um risco.

Para o Brasil, espere por menos elementos pixelizados, tendo os faróis fortemente simplificados. Pode ser que o novo Uno use LEDs nas versões mais caras, mas não no formato em X como do Panda. Além disso, o logotipo será centralizado, como no modelo original.

Na lateral, não teremos vincos formando o nome Uno (ou Argo, ou outro que ele venha a ter). Pois isso encarece muito os custos de reparação. Já a traseira também terá o logotipo da Fiat centralizado e, provavelmente, feito em letras cromadas ao invés de estampado diretamente no metal.

Motores pequenos

Lá na Europa, o novo Grande Panda traz motorização totalmente elétrica com motor de 113 cv ou 1.2 três cilindros turbo semi-híbrido de 136 cv. Haverá também opção aspirada, que pode ser o 1.2 do Citroën C3 europeu ou o 1.0 Firefly da Fiat, que é usado por outros modelos da marca por lá.

Aqui no Brasil, o Fiat F1H / novo Uno terá motor 1.0 Firefly três cilindros aspirado de 75 cv e 10,7 kgfm de torque. A segunda opção será o 1.0 T270 três cilindros turbo já com sistema semi-híbrido entregando 130 cv e 20,4 kgfm. No modelo aspirado, câmbio manual de cinco marchas, enquanto o turbo fica com o automático do tipo CVT.

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