Com ave em extinção em cativeiro, casal é multado e responderá por crime ambiental em Presidente Prudente

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Um homem, de 31 anos, e uma mulher, de 35 anos, foram autuados, nesta quarta-feira (14), em quase R$ 12 mil por manterem aves silvestres irregularmente em cativeiro no bairro Vida Nova Pacaembu, em Presidente Prudente (SP), sendo uma delas, inclusive, de uma espécie em extinção, a patativa.

De acordo com as informações da Polícia Militar Ambiental divulgadas nesta quinta-feira (15), uma equipe foi até uma residência para prestar apoio a uma equipe da Polícia Militar que, ao atender uma ocorrência de violência doméstica, percebeu que a casa tinha várias aves em cativeiro.

Ainda conforme a corporação, no local, o homem mantinha cinco pássaros silvestres nativos sem autorização do órgão ambiental competente, sendo três coleirinhos-papa-capim (Sporophila nigricollis), um trinca-ferro-verdadeiro (Saltator similis) e uma patativa (Sporophila plumbea), sendo esta considerada uma ave em extinção.

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Ainda em fiscalização pela residência, os policiais encontraram no quintal algumas gaiolas quebradas e jogadas no chão, com água e alimento, porém, sem aves.

A mulher informou à corporação que nas gaiolas tinham três canários-da-terra (Sicalis flaveola) e um trinca-ferro, pois, durante a briga com o esposo, após ele quebrar seu celular e danificar outras coisas da casa, ela foi até o local onde as aves estavam e “começou a bater nas gaiolas, jogando elas no chão, vindo a quebrar e, com isso, as aves voaram”.

Diante dos fatos, a Polícia Ambiental elaborou um auto de infração ambiental no valor de R$ 9 mil para o homem por ter mantido em cativeiro espécimes da fauna silvestre nativa sem autorização, referente às cinco aves que ainda estavam na casa, somando às quatro aves que foram soltas pela esposa, pois também eram mantidas em cativeiro sem autorização.

Já a mulher, recebeu um auto de infração ambiental no valor de R$ 2,8 mil por reintroduzir espécimes silvestres nativas na natureza sem autorização do órgão ambiental competente, referente às quatro aves que foram soltas e reintroduzidas na natureza.

Os cinco pássaros foram apreendidos, juntamente com as gaiolas, e soltos na natureza por apresentarem sinais de que haviam sido recentemente capturados.

Ainda conforme a corporação, as gaiolas e os alçapões foram destruídos.

Ao todo, as multas chegaram a R$ 11,8 mil e os envolvidos ainda terão de responder criminalmente pelo caso.

G1PP