Prefeito pede que governo federal feche o Aeroporto de Guarulhos por 15 dias

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Com o receio de um avanço descontrolado de novas variantes do coronavírus, sobretudo a indiana, o prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa, encaminhou ofício aos ministérios da Casa Civil, da Saúde, da Justiça, da Infraestrutura e da Defesa pedindo o fechamento do aeroporto internacional por 15 dias. No documento, o prefeito argumenta que, “com o aparecimento da nova cepa indiana do Covid-19 e estando em andamento a vacinação no grupo prioritário dos Aeroportuários, solicitamos o fechamento do espaço aéreo para voos comerciais (exceto transportes de cargas), mais especificamente a suspensão de todos os pousos e decolagens de voos internacionais de passageiros pelos próximos 15 dias, a fim de evitar que passageiros advindos do exterior propaguem novas Cepas no desembarque”. Se a proposta for negada pelo governo federal, Gustavo Henric Costa já solicitou a elaboração de um novo protocolo fortalecendo as medidas sanitárias do local.

Na quinta-feira, 27, a Prefeitura de São Paulo iniciou uma ação para verificar passageiros com suspeita de Covid-19 que desembarquem no Aeroporto de Congonhas. Pelo menos três passageiros apresentaram sintomas e foram encaminhados a uma unidade de saúde para testes de identificação da doença. Segundo o prefeito Ricardo Nunes, a partir da semana que vem os exames serão feitos no próprio terminal. “Aqui a gente poderia falar que é um problema da Anvisa, porque é uma área do governo federal. Mas estamos junto”, disse. Temendo um aumento das internações, secretários estaduais e municipais de Saúde pediram mais R$ 40 bilhões ao governo federal para compra de insumos e manutenção de leitos. Em encontro com representantes do Ministério da Saúde, os gestores cobraram mais medidas para conter o aumento de casos.

O presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais da Saúde, Willames Freire, disse que 2021 está sendo pior que 2020. “Estamos com uma média de dois mil óbitos por dia no país. Precisamos fortalecer muito o nosso Sistema Único de Saúde”, defendeu. O secretário de vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, confirmou o recrudescimento da pandemia, mas evitou falar em terceira onda da Covid-19. “A gente verifica que nesse recrudescimento de 2021, o número de óbitos se mantém em todo o país de forma mais ou menos homogênea, mais ou menos semelhante”, ressaltou. O Brasil tem mais de 456 mil mortos pela doença.

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