A contribuição do turismo ao desenvolvimento sustentável global foi o tema da participação do Ministério do Turismo em painel sobre financiamento climático promovido pelo Governo do Azerbaijão nesta quarta-feira (14.11), na COP 29. A convite do Executivo local, a diretora de Ordenamento, Inteligência e Desenvolvimento do MTur, Bárbara Blaudt, defendeu ações conjuntas a fim de valorizar e fortalecer ambientes e comunidades ante impactos do clima.
A representante brasileira apontou a necessidade de colaboração multilateral para favorecer a conservação do planeta e melhores condições de vida aos povos. “Temos essa oportunidade no turismo, porque o turismo regenerativo, responsável, sustentável pode ajudar não só a conservação, mas a regeneração do ambiente e de comunidades. Estar aqui é uma ótima oportunidade de ver o que o Azerbaijão e todo o mundo estão fazendo e agirmos juntos”, frisou a diretora, que agradeceu ao Azerbaijão pela chance de expor iniciativas na área.
A promoção da sustentabilidade diante das mudanças climáticas é o foco da presença do Ministério do Turismo na Conferência do Clima deste ano. A “Casa Brasil”, estande montado em parceria com o Sebrae na “Green Zone” do evento, expõe atrativos do país e organiza palestras de vários órgãos do governo federal, abordando temas como infraestrutura, inovação, crédito, qualificação profissional e empreendedorismo (confira AQUI a agenda).
Na próxima semana, o ministro do Turismo, Celso Sabino, estará na COP 29 e representará o Brasil no diálogo frente as mudanças climáticas, além de posicionar Belém (PA) – sede da COP 30 de 2025 – e a Amazônia como destinos turísticos e símbolos de conservação ambiental a serem protegidos. A programação do MTur nas duas semanas do evento se alinha ao compromisso com o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
AVANÇOS – O fomento ao turismo sustentável tem rendido importantes reconhecimentos ao Brasil. Em 2023, a revista Forbes apontou o país como a melhor nação do mundo, entre 50 locais, para o ecoturismo, à frente de México e Austrália. Já neste ano, ranking do portal US News & World Report (EUA) indicou o Brasil como o melhor país do planeta para turismo de aventura, à frente de destinos como Itália, Grécia, Espanha e Tailândia, destacando-se em critérios como o potencial de experiências inesquecíveis na natureza.
Em novembro de 2024, o Brasil foi destaque no 23° Wanderlust Reader Travel Awards, alcançando o posto de 2° destino mais desejável do mundo para vida selvagem e natureza, atrás apenas da África do Sul. No turismo de aventura, o portal US News & World Report elegeu o país como o melhor do globo no segmento. Ainda neste ano, 14 destinos brasileiros foram premiados pela organização holandesa Green Destinations, que elege, desde 2014, locais de destaque em áreas como preservação ambiental e inclusão social
ESTRUTURAÇÃO – De forma a reforçar iniciativas sustentáveis no segmento, o Ministério do Turismo, em parceria com outros órgãos do governo federal, promove, por exemplo, o mapeamento de comunidades indígenas que atuam no setor. O objetivo da iniciativa é identificar locais que desenvolvem atividades turísticas baseadas nos princípios do turismo de base comunitária, bem como catalogar e promover boas práticas.
Além disso, a Lei Geral do Turismo (LGT), sancionada neste ano pelo presidente Lula, inclui entre os objetivos na Política Nacional de Turismo o estímulo à participação e ao envolvimento de comunidades e populações tradicionais no desenvolvimento sustentável do setor. A LGT também define novas diretrizes à elaboração do Plano Nacional de Turismo. Entre elas, o turismo responsável, o turismo social e o turismo de base local.
Por André Martins – Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo