Mercado do boi segue com queda nos preços da arroba

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Os preços da arroba do boi gordo, que vinham em trajetória de alta desde o início do semestre, sofreram uma reviravolta expressiva nos últimos dias. O indicador CEPEA/B3, que alcançou o pico nominal de R$ 352,65 na última quarta-feira, dia 27, registrou uma queda significativa, encerrando a terça-feira, dia 3, a R$ 336,40. Isso representa um recuo de 4,4% em comparação com o mesmo dia da semana anterior, sinalizando mudanças importantes no mercado do boi.

Esse movimento de baixa não foi acompanhado por alterações no mercado atacadista de carne, mas esteve fortemente relacionado à desvalorização repentina no mercado futuro do boi na B3. A pressão vinda dos frigoríficos, que utilizam essas cotações como referência, empurrou os preços da arroba para baixo, em um cenário que preocupa tanto pecuaristas quanto analistas.

Pecuaristas ajustam estratégias diante da volatilidade

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A desvalorização no mercado futuro gerou uma reação em cadeia no segmento físico. Pecuaristas, temendo novas quedas, decidiram colocar lotes de gado no mercado spot, o que aumentou a oferta em curto prazo. Esse movimento permitiu que frigoríficos ampliassem suas escalas de abate com preços mais baixos, reforçando a tendência de desvalorização.

Por outro lado, muitos produtores optaram por uma estratégia diferente: afastaram-se das negociações à espera de maior clareza sobre os rumos do mercado. Esses pecuaristas, atentos aos fundamentos estáveis, apostam na possibilidade de recuperação, resistindo à pressão para negociar em um momento de baixa.

O cenário atual exige que todos os envolvidos no setor da pecuária de corte mantenham uma postura cautelosa. Embora o mercado futuro tenha sido o principal fator para a queda recente, a ausência de alterações nos fundamentos, como oferta e demanda no atacado, indica que os preços podem se estabilizar ou até mesmo retomar a trajetória de alta em um horizonte próximo.

Os próximos dias serão decisivos para determinar o comportamento do mercado. Com uma oferta ainda limitada no campo e demanda interna constante, as expectativas apontam para possíveis ajustes. Pecuaristas e frigoríficos terão de lidar com a volatilidade e encontrar equilíbrio em um mercado que segue sendo fundamental para o agro. Clique aqui e veja mais notícias do setor.

AGRONEWS