O Congresso Nacional tem pouco mais de três semanas para aprovar a medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras. Já aprovada pela Câmara, a proposta está no Senado e perde a validade no dia 22 de junho. Caso os senadores aprovem o texto com alterações, ele ainda retorna para nova análise dos deputados.
A medida prevê que a Eletrobras venderá a investidores novas ações na Bolsa de Valores, de modo que a União deixe de ter controle majoritário. O Senado começa a discutir a matéria nesta segunda-feira, 31, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos. Uma sessão especial do plenário também vai ser marcada para discutir a desestatização da empresa.
O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, disse que ainda não há previsão de quando a medida vai ser pautada, mas que está atento aos prazos. O governo trabalha para que a situação hídrica do país não prejudique a tramitação do texto.
O cenário gera insatisfação em parte dos parlamentares, inclusive de Rodrigo Pacheco, que é crítico da condução do Ministério de Minas e Energia no caso. Neste fim de semana, a pasta classificou o cenário como “desafiador” devido ao baixo nível dos reservatórios das Bacias do Rio Grande e do Paranaíba, nas regiões Sul e Sudeste.
Porém, não há previsão de contratação emergencial de energia. O Ministério acredita que, mesmo com poucas chuvas, é possível manter um volume de água suficiente para a geração de energia e para os demais usos.
Levy Guimarães – Jovem Pan