Em um movimento que reforça a força industrial do agronegócio mato-grossense, o mês de março de 2025 marcou um feito expressivo para a cadeia produtiva da soja: foram processadas 1,21 milhão de toneladas do grão no estado, estabelecendo um novo recorde para o mês.
Esse volume representa um salto de 13,45% em relação a fevereiro deste ano e de 3,81% na comparação com março de 2024. Esse desempenho robusto é reflexo direto da ampliação da capacidade operacional das indústrias locais, impulsionada por investimentos recentes em modernização e expansão de plantas.
Outro fator determinante foi a retomada de unidades que haviam interrompido temporariamente suas atividades para manutenção no mês anterior. A reativação dessas estruturas reforçou o ritmo do processamento, contribuindo de forma decisiva para o resultado expressivo do mês.
Na primeira quinzena de abril, o cenário de pressão sobre a rentabilidade persistiu, mesmo diante da continuidade nas operações industriais. A margem bruta de esmagamento recuou mais 1,38% em relação à última quinzena de março, encerrando o período com média de R$ 649,17 por tonelada. O principal fator apontado para essa nova queda foi o avanço nos preços da soja, que tem elevado o custo da matéria-prima para as indústrias. Mesmo com estoques razoáveis e demanda aquecida pelos produtos derivados, o equilíbrio entre oferta e preço segue desafiador.
A expectativa do setor agora se volta para o comportamento dos mercados internacionais, especialmente da China, principal destino dos coprodutos brasileiros, além da evolução do câmbio, que pode influenciar diretamente a competitividade do esmagamento em Mato Grosso nos próximos meses. Clique aqui e acompanhe diariamente o agro.
Mercado Financeiro
Crescimento: a paridade de exportação para mar/26 apresentou aumento de 1,02% no comparativo semanal, impulsionada pela valorização do dólar;
Aumento: o indicador prêmio Santos apresentou alta de 1,06% quando comparado ao da semana anterior, fechando na média de ¢ US$ 95,00/bu;
Alta: o dólar registrou valorização de 4,02% em relação à semana anterior, influenciado por fatores externos, especialmente relacionados ao conflito tarifário.
AGRONEWS