O Brasil é o país da América Latina com o maior número de universidades entre as mais reconhecidas do mundo. São 27 instituições que entraram no ranking — 13 a mais que no ano passado, sendo que 18 delas são federais e nove privadas.
A mais bem posicionada é a USP, na posição 121 da lista. Unicamp e UFRJ são as outras brasileiras mais bem posicionadas. Porém, o número de matrículas em cursos superiores presenciais diminuíram este ano. A conclusão é do Mapa do Ensino Superior no Brasil, divulgado nesta terça-feira, 9, pelo Semesp — entidade que representa mantenedoras de ensino superior do país.
Considerando apenas os cursos presenciais, em 2021 houve queda de 8,9% no número de matrículas na rede privada. Já os cursos EAD cresceram 9,8%. A taxa de escolaridade líquida, que representa o percentual de jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior, segue abaixo do ideal. O estudo aponta que 18,1% destes jovens estavam cursando graduação, bem abaixo da meta do Plano Nacional de Educação, que estipula alcançar 33% dessa população até 2024.
Para o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, o aumento de matrículas nos cursos à distância não está elevando a taxa de escolarização do país já que o EAD normalmente atrai pessoas mais velhas.
“Cerca de 80% dos alunos tem de 30 a 44 anos. E são alunos que saíram do Ensino Médio, historicamente não entraram no ensino superior e estão no mercado de trabalho, veem na possibilidade de fazer um curso superior uma oportunidade da ascender profissionalmente. Esse é o público do EAD, que é um público gigantesco.
E tem potencial de crescimento muito grande.” Segundo Rodrigo Capelato, os dados também indicam maior taxa de evasão durante a pandemia entre alunos que não contam com apoio para pagar as mensalidades, como o Prouni e o Fies. “A evasão tem estimativa de 30,7% e subiu para 35,9%.
E mesmo o EAD, que já é um aluno, cresceu de 35,4% para 40%. Sofreu com a pandemia, também teve impacto econômico. Isso também atrapalhou, inclusive, o aluno do EAD.” Em 2019, 26,2% dos estudantes que deixaram de fazer graduação não contavam com apoio de programas estudantis.
Jovem Pan