EUA e Israel investigam se vacinas da Pfizer e da Moderna causam inflamação cardíaca

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Autoridades de saúde dos Estados Unidos e de Israel investigam se vacinas da Pfizer e Moderna contra a Covid-19 podem causar inflamação leve no músculo do coração.

Casos raros e brandos de miocardite foram identificados em pessoas imunizadas com tecnologia de RNA mensageiro. Autoridades querem investigar se a inflamação pode ser considerada um potencial efeito adverso dos imunizantes.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), os casos se mostram mais frequentes em homens jovens, e acontecem tipicamente quatro dias após a vacinação com a segunda dose.

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Ao todo, foram 789 casos foram registrados nos EUA até 31 de maio, sendo que 216 ocorreram após a primeira dose e 573 depois da segunda aplicação. Em comunicado, Israel também informou que investiga o problema.

Segundo o ministério da Saúde do país, 148 casos de miocardite próximos da data de vacinação foram identificados, até o mês passado. Apesar da inflamação acometer jovens com idades entre 16 e 19 anos, 95% dos casos são considerados leves.

Segundo o cardiologista e pesquisador na Imperial College de Londres, Dr. Ricardo Petraco, a inflamação leve no músculo do coração não compromete a funcionalidade do órgão. “Nenhum paciente, que eu saiba, até hoje morreu disso e nenhum precisou ficar internado. Então a tendência é que exista um link causal entre a vacina e a miocardite, a incidência é extremamente rara e quando acontece é uma doença bastante leve.

A recomendação é que o benefício da vacinação é infinitamente superior aos riscos dela, mesmo incluindo essa teórica chance de causar miocardite”, afirmou. A recomendação para vacinar adolescentes de 12 a 15 anos deve ser discutida pelo fórum da Força-Tarefa de Contenção da Pandemia e submetido à aprovação do diretor-geral do Ministério da Saúde de Israel.

Nos Estados Unidos, crianças a partir de 12 anos de idade podem ser vacinadas. O imunizante da Pfizer é utilizado no Brasil, mas, segundo o Ministério da Saúde, não há nenhuma suspeita de miocardite relacionada à aplicação do fármaco no país até o momento.

Jovem Pan