O São Paulo apresentou nesta terça-feira, 22, uma contratação de impacto para o futebol feminino. Trata-se da meio-campista Formiga, de 43 anos, que chega para dar mais experiência ao grupo. Em entrevista coletiva, a volante, que assinou contrato até o fim de 2022, falou sobre as diferenças de quando começou no futebol, justamente no Tricolor paulista, e disse que irá buscar títulos no clube do Morumbi. “Nosso centro de treinamento era em Indaiatuba, e era uma diferença incrível para outras equipes.
O São Paulo era a base da seleção brasileira e espero agora trazer essa alegria para esse clube e trazer títulos novamente”, comentou a jogadora, que foi duas vezes medalha de prata nos Jogos Olímpicos, em 2004 e 2008, e ainda teve um terceiro lugar na Copa do Mundo de 1999, nos Estados Unidos, e um vice-campeonato na Copa da China, em 2007.
“É um projeto audacioso, então um dos motivos de vir também é o pós-carreira, para trabalhar na gestão ou como técnica ou auxiliar. As competições no Brasil estão se fortalecendo, não vemos tantos placares elásticos, o nível está melhorando”, afirmou a atleta, que pretende fazer curso de treinadores. “Pretendo organizar minha vida quando voltar de Tóquio, mas já manifestei meu desejo para a CBF de fazer o curso de técnico.
Quero fazer as coisas 100%. Sempre fico observando os treinadores, busco dicas, para me preparar para o futuro”, explicou Formiga, que está de volta ao São Paulo após 21 anos.
Agora, Formiga se prepara para talvez sua última Olimpíada –– ela já esteve em outras seis edições e vai bater um recorde de participações junto com o velejador Robert Scheidt. “As chances são grandes de conseguir essa medalha.
Eu sinto que desta vez o ouro vem para o Brasil”, revelou a meio-campista, que brincou sobre o segredo de sua longevidade. “O meu segredo é água de coco. Meu corpo é minha ferramenta de trabalho, preciso cuidar dele e da minha mente. Tem atletas com 38 anos que já pensam em parar. Por isso me cuido. Não tenho restrições alimentares, mas procuro me alimentar bem e fazer as coisas por amor”, concluiu.
Jovem Pan