As farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que produzem a vacina Comirnaty para o combate à Covid-19, anunciaram nesta quinta-feira, 8, que estão planejando uma dose de reforço contra a variante delta do novo coronavírus. Em comunicado, as duas empresas manifestaram a crença de que uma terceira dose dessa vacina – atualmente administrada em duas doses – tem o potencial de manter os “mais altos níveis” de proteção contra todas as variantes atuais, incluindo a delta.
Entretanto, elas disseram que permanecem alertas e estão desenvolvendo uma versão atualizada da Comirnaty. “Como se vê nas evidências do mundo real divulgadas pelo Ministério da Saúde de Israel, a eficácia da vacina diminuiu seis meses após a aplicação, ao mesmo tempo em que a variante delta está se tornando dominante em Israel”, disseram as empresas no comunicado.
A Pfizer e a BioNTech informaram que as descobertas em Israel são consistentes com estudos realizados por elas anteriormente que relataram que uma terceira dose pode ser necessária de seis a 12 meses após a segunda. De acordo com a nota, os ensaios clínicos poderão começar em agosto, se forem aprovados pelas autoridades competentes.
A variante delta, que é a que mais preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi identificada em outros sete países na última semana e agora está presente em mais de 100. Nos Estados Unidos, ela já responde por mais de 50% das amostras sequenciadas.
O principal epidemiologista do governo dos EUA, Anthony Fauci, disse hoje que as três vacinas aprovadas nos EUA contra a covid-19 – as de Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson – “são eficazes contra a variante delta”, de acordo com os primeiros estudos sobre a eficácia contra esta nova variante.
Jovem Pan