Uma dose da vacina contra a Covid-19 da Moderna tem eficácia semelhante ou maior contra a variante Delta do que duas aplicações dos imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer. Nos casos das duas últimas, o esquema vacinal completo da Pfizer mostrou maior eficácia inicial contra novas infecções pelo coronavírus do que a vacina britânica.
O estudo, conduzido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, porém, aponta que, ao longo do tempo, o imunizante americano perde sua proteção mais rapidamente quando comparado com o da AstraZeneca. Os resultados sugerem que a eficácia dessas duas vacinas fica semelhante de quatro a cinco meses depois da segunda aplicação. Os pesquisadores ressaltam que os efeitos de longo prazo precisam ser estudados.
A pesquisa, que ainda não passou por revisão entre os pares, ainda aponta que o tempo entre as doses não afeta a eficácia na prevenção de novas infecções, mas a vacinação confere mais proteção às pessoas mais jovens do que aos indivíduos mais velhos. “O fato de não vermos nenhum efeito do intervalo entre a primeira e a segunda dose e vermos uma maior eficácia em quem tomou duas doses, ao invés de uma, apoia a decisão de reduzir para oito semanas o tempo entre as aplicações agora que a Delta é a principal variante de preocupação no Reino Unido”, argumenta o pesquisador de Oxford, Koen Pouwels. O estudo examinou testes de detecção do vírus de mais de 700 mil britânicos entre 1º de dezembro de 2020 e 1º de agosto de 2021.
Jovem Pan