Inflação encarece alimentos e o ‘prato feito’ pesa no bolso dos brasileiros

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O principal prato do brasileiro na hora do almoço está mais caro. Com a inflação em alta e os preços dos alimentos subindo a cada dia, o “PF” ficou mais salgado. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que a cesta de 10 itens do “prato feito” sofreu uma variação de 22,57% no acumulado em 12 meses até julho deste ano.

Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getúlio Vargas avançou 8,75%, o preço do arroz disparou 37,5%. O da carne bovina, 32,69% e o do feijão preto, 18,46%. A alface, que compõe a salada, subiu 9,74% e o tomate, 37,4%. Outros dois itens indispensáveis que também aumentaram foram o frango (22,73%) e os ovos (13,5%). Por outro lado, alguns alimentos do “prato feito” também sofreram quedas expressivas nos preços. O feijão carioca diminuiu 5,44%, a batata inglesa, 19, 33%, e a cebola, 29,82%.

Segundo Nelson Marconi, da Fundação Getúlio Vargas, em julho do ano passado, a inflação do “prato feito” já acumulava uma alta de 12,21% em doze meses. “Começou lá com a pandemia, isso foi no mundo todo. No Brasil, foi agravado por causa da alta da taxa de câmbio e porque o governo desmontou todos os estoques reguladores”, explicou Marconi.

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A pesquisa revelou ainda que as condições climáticas estão causando prejuízos para vários setores e que as medidas que o governo vem tomando tem uma expectativa bem longe da realidade. Para Nelson Marconi, está na hora do governo frear essa tendência de alta. “Precisaria ter uma posição mais ativa do governo no sentido de tentar contribuir, tentar frear essa alta do preço dos alimentos.

O que eu estou dizendo não é que o governo tem que fixar o preço do alimento, mas ele pode, sim, interferir na oferta”, defende. O levantamento faz um alerta sobre as decisões políticas. Em um curto espaço de tempo, a insegurança alimentar do brasileiro segue por um caminho bem preocupante.

Jovem Pan