Santo Anastácio tem três casos da variante Delta do novo coronavírus, aponta Secretaria da Saúde do Estado de SP

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Dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo indicam que Santo Anastácio (SP) registrou três casos de moradores infectados com a variante Delta do novo coronavírus.

Outra cidade do Oeste Paulista que tem registro da variante Delta é Presidente Prudente (SP), com um caso confirmado.

Com a nova classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a análise e a confirmação de casos da variante Delta, o Estado totaliza 764 registros, incluindo 747 autóctones e 17 importados.

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Os dados têm como referência a data de 25 de agosto de 2021 e referem-se aos municípios de residência dos pacientes.

A OMS passa a incluir como “variante de atenção” todas as linhagens derivadas da Delta. O número reflete o novo panorama da classificação genética da variante Delta, e não uma intensificação de sua transmissão, já que a Gamma ainda continua predominante no Estado.

A “linhagem-mãe” da Delta (código B.1.617.2), como pode ser chamada a primeira identificada, já possuía “sublinhagens” que vão da AY.1 até a AY.22, mas apenas parte delas estava classificada desta forma até então. A partir desta definição da OMS, todas as derivadas passam a ser analisadas igualmente.

“Era esperado que a OMS procedesse à inclusão das derivadas da Delta, uma vez que as sequências virais eram todas classificadas desta forma, o que é útil para mapear o surgimento da linhagem em um território”, explica Adriano Abbud, diretor de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz.

termo “variante de preocupação” (VOC ou “variant of concern”, na sigla em inglês) foi adotado para quatro variantes específicas pelas autoridades sanitárias internacionais devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção.

Entre elas, está também a variante Gamma (P.1), que ainda predomina em São Paulo: são 1.410 casos, o dobro em comparação à Delta. As outras duas são a Alpha (B.1.1.7), com 38 casos em São Paulo, e a Beta (B.1.351), com apenas três.

Qualquer vírus passa por processo evolutivo e pode sofrer mutações, gerando cepas que compartilham um “ancestral” comum a partir da alteração de características – como capacidade de transmissão, multiplicação e gravidade de infecção. Se um organismo é infectado com uma variante e o estímulo de resposta se difere da “linhagem-mãe” original, ele constitui uma cepa ou linhagem.

A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético, um instrumento de vigilância, ou seja, de monitoramento do cenário epidemiológico, que não deve ser confundido com diagnóstico, este sim de caráter individual. Portanto, não devem ser realizados, do ponto de vista técnico e científico, sequenciamentos individualizados, uma vez confirmada a circulação local da variante.

As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que é obrigatório em São Paulo; higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel), distanciamento social e a vacinação contra a Covid-19.

G1PP