Petrobras anuncia aumento no valor do diesel aos distribuidores

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A Petrobras informou nesta terça-feira, 28, o aumento de 8,8% no preço do diesel vendido aos distribuidores. A partir desta quarta-feira, 29, o litro do combustível passará de R$ 2,81 para R$ 3,06, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro. Em nota, a estatal ressaltou que a alta ocorre após 85 dias com preços estáveis e que o movimento também foi influenciado pelo aumento da cotação do dólar. “Esse ajuste é importante para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras. Reflete parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio.”

A alta foi anunciada um dia após a Petrobras sinalizar novo reajuste nos combustíveis para cima pela defasagem em comparação ao mercado internacional. Sem citar datas, o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, disse que a manutenção do valor do barril de petróleo tipo brent — usado como referência para a Petrobras — acima de US$ 70 força o aumento dos preços domésticos. “Acompanhamos o dia a dia desses movimentos, a permanência ou não de uma situação. Vemos o preço do brent se posicionar em um valor elevado, e está sinalizando realmente para a necessidade de reajuste do preço.” Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o valor da gasolina no mercado doméstico está 10% defasado, enquanto o óleo diesel acumula diferença de 14%.

O presidente da estatal também reiterou na véspera que a Petrobras não irá alterar a sua política de preços. Desde 2016, o cálculo é baseado na paridade internacional da cotação do barril de petróleo. “Não há mudança na política de preços. Continuaremos trabalhando da forma que sempre fizemos”, afirmou Silva e Luna.

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A sinalização de reajuste ocorreu pouco depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que busca meios de tornar os combustíveis mais baratos. Em evento na manhã desta segunda-feira, 27, o chefe do Executivo disse que debateu a questão com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. “Temos muitos obstáculos. São intransponíveis? Não, mas depende do entendimento de cada um. Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4 ou menos? O dólar a R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte, é uma realidade. E tem um ditado que diz ‘nada não está tão ruim que não possa piorar’. Nós não queremos isso porque temos um coração aberto”, afirmou.

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