A liberação do uso obrigatório das máscaras de proteção contra a Covid-19 por alunos e professores foi aprovada na Inglaterra. A aprovação à medida levou em consideração a retomada da normalidade no ambiente escolar. Por outro lado, há quem critique a ação pois acreditam que as crianças estão sendo muito expostas. De acordo com o monitoramento feito pela Universidade Johns Hopkins, o Reino Unido já contabiliza mais de 8 milhões de casos de Covid-19. O número de óbitos ultrapassou os 130 mil e o total de pessoas vacinadas é de mais de 95 mil. A infectologista da Unicamp Raquel Stuchi acredita que a medida foi tomada de forma precipitada. “Nós sabemos que o número de casos novos na Europa ainda tem sido muito alto, com poucos casos que exijam internação, porque as pessoas estão vacinadas e têm quadros mais leves. Mas o número de casos alto significa que há uma grande circulação do vírus e as pessoas que não estão vacinadas, como as crianças, por exemplo, acabam tendo maior risco de adoecimento”, afirma.
Aqui no Brasil, a cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, foi a primeira a suspender o uso obrigatório da máscara. Mas uma determinação da Justiça suspendeu o decreto municipal. A cidade de São Paulo está avaliando a possibilidade de desobrigar o acessório de proteção. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediu que a equipe técnica realizasse um estudo considerando essa possibilidade ao menos em locais abertos, inicialmente. No entanto, a infectologista Raquel Stuchi considera que a movimentação ainda é arriscada. “A grande preocupação quando, aqui no Brasil, a gente fala em retirada das máscaras, é porque falar para retirar as máscaras e, caso precise, falar para voltar a usar, a adesão vai ser muito mais difícil. Neste momento, acho que a gente não deve abrir, liberar para não usar máscara, mesmo em ambientes abertos”, finaliza.
Jovem Pan