Os economistas estão ajustando para cima as projeções de dólar ao fim do ano. Nesta semana, a pesquisa Focus, do Banco Central, apontou que o mercado espera alterações para o cenário do câmbio. A mediana das expectativas saiu de R$ 5,20 para R$ 5,25 no fim do ano.
O Rabobank divulgou relatório em que projeta tendência altista para a moeda norte-americana. Em 3 meses, estima-se que a taxa sairá de R$ 5,25 para R$ 5,35 em seis meses e ficará em R$ 5,40 em um ano. Na véspera do feriado, a moeda-norte americana fechou no mais alto patamar desde abril, valendo R$ 5,53. As incertezas globais no pós-pandemia e preocupações com o cenário fiscal no mercado doméstico favorecem a valorização do dólar ante o real.
De setembro para cá, o dólar passou a ganhar mais valor com turbulências ligadas ao mercado chinês, crise energética e inflação e sinais de que o Banco Central dos Estados Unidos pode antecipar a redução de estímulos para a economia. Vale observar com atenção um ponto em comum entre as várias análises de câmbio: a direção de alta indicada por diferentes instituições financeiras.
Há sinais de que o dólar deverá continuar como refúgio em tempos de incerteza, o que significa dizer que há espaço para investidores buscarem mais proteção e menos exposição ao risco, o que tende a contribuir para novas valorizações da moeda-norte americana.
Jovem Pan