Banco Mundial prevê estabilização de preços agrícolas em 2022

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O Banco Mundial publicou nesta semana o relatório Perspectiva dos Mercados de Commodities e projetou estabilização dos preços agrícolas em 2022 após a alta de 22% registrada neste ano. À medida que as condições de abastecimento melhorarem, poderá ser observada uma modesta queda nas cotações até 2023. Por outro lado, o valor de insumos, especialmente fertilizantes, e o desvio de commodities alimentares para a produção de biocombustíveis, com os esforços para descarbonizar a economia global, representam risco de alta para o mercado agrícola.

As tarifas de energia devem aumentar mais de 2% em 2022, mesmo após registrarem alta de 80% em 2021. A alta do carvão e do gás natural, por exemplo, contribuem para a pressão altista dos custos. Os fertilizantes aumentaram mais de 55% desde janeiro, e a interrupção de fábricas e redução da capacidade de produção favorecem expectativas de insumos ainda caros nas próximas temporadas.

Aqui no Brasil, agricultores estão preocupados com o impacto financeiro que os custos vão gerar na rentabilidade da temporada 22/23. Por isso, em Mato Grosso, foi anunciada a estratégia de tentar reduzir a utilização de fertilizantes em áreas em que o solo demonstrar boas condições. O insumo é um dos principais itens da produção agropecuária, e a relação de troca entre grãos e fertilizantes piorou.

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Ou seja, é preciso mais sacas de soja ou milho para comprar uma mesma tonelada do produto. Além do reajuste de preço que impacta a cadeia produtiva, há a preocupação da indústria de que falte matéria-prima para garantir a entrega futura de compras que estão sendo realizadas. O ciclo de alta das commodities não assegura rentabilidade se não houver uma boa gestão dos custos. A viabilidade financeira está sendo colocada como prioridade por agricultores na tomada de decisão de compra e venda de grãos e insumos. Decisão acertada, que tende a garantir a sustentabilidade do negócio ao longo do tempo.

Jovem Pan