Senado homenageia ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli

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O Senado promoveu, nesta segunda-feira (8), uma sessão especial para homenagear o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli.

Engenheiro agrônomo, Paolinelli foi um dos fundadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e responsável pela Revolução Verde no Brasil, que contribuiu para o aumento da produção agrícola brasileira. Também foi deputado federal e ministro da Agricultura na década de 1970. A segurança alimentar no Brasil e no mundo propiciada pela sua atuação também contribuiu para a paz no campo e, por isso, o ex-ministro foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz 2021.

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), autor da homenagem, classificou Paolinelli como um homem de dimensão além do seu tempo e “pai” da agricultura brasileira. Disse que todos os brasileiros estão felizes com a indicação do homenageado ao Prêmio Nobel da Paz. Segundo ele, o agrônomo foi decisivo para o combate a fome em todo mundo.

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“Alimentação, emprego e o compromisso com a humanidade são na verdade marcas e um símbolo da vida profissional do homenageado. […] A apresentação do seu nome para o Nobel foi amparada por mais de 100 cartas de instituições de mais de 28 países. Sua projeção internacional já havia sido reconhecida em 2006, quando foi o primeiro brasileiro a receber o prêmio World Food Prize, uma espécie de Nobel da alimentação”, ressaltou o senador.

Para o parlamentar, Alysson Paolinelli teve papel fundamental no desenvolvimento da agricultura e pecuária no cerrado brasileiro, até então menosprezado, promovendo a ocupação econômica do bioma por meio da execução de grandes projetos, a exemplo do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados, na década de 1970.

Paolinelli também recebeu elogios do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que também é engenheiro agrônomo e produtor rural, que o classificou como um dos pioneiros da revolução da agricultura brasileira.

Paolinelli

“Essa grande revolução para o Brasil ser hoje um dos maiores produtores de alimento do mundo, e seguramente nós ainda seremos a maior nação agrícola do planeta, você começou, implementou esse processo todo”, lembrou o parlamentar ao homenageado.

O homenageado participou presencialmente da sessão nas dependências do Prodasen, no Senado Federal. Ao receber as homenagens, agradeceu a participação dos parlamentares e convidados, e fez alertas às lideranças políticas do Brasil quanto a forma como o país tem lidado com a administração financeira e política, nas questões de meio ambiente, ciência e tecnologia e segurança alimentar.

Para o homenageado, o equilíbrio financeiro do país é fundamental, bem como a seriedade nos gastos públicos, que fazem parte da base de uma sociedade sólida.

“Temos de nos penitenciar pela falta de estratégia para um desenvolvimento equilibrado, econômica, social e ecologicamente. Muito temos a fazer. O Brasil precisa retomar os seus investimentos em instituições sérias de pesquisa. E nós hoje já nos notabilizamos no mundo com uma Embrapa, com algumas de nossas instituições estaduais de pesquisa, com as nossas universidades, que despontam como as melhores universidades de conhecimento de agricultura tropical no mundo, e especialmente com a iniciativa privada, que hoje, trabalhando mais com ela, a cada dia tenho a convicção de que ela poderá ir substituindo muitas das tarefas que o Governo tem demonstrado ser incapaz de realizá-las e de completá-las”.

Ele ressaltou que a agricultura tropical desenvolvida no Brasil será indiscutivelmente a única fonte geradora de alimentação, de recursos e evolução para os países pobres e miseráveis, que não são capazes de produzir para si próprio, e que o Brasil será fundamental na luta para combater a fome e a miséria, e por fim as correntes imigratórias e guerras que se formam a partir delas.

Canal Rural