Casos de Aids caem no país, mas Ministério da Saúde alerta para que seja mantida a prevenção

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No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1º de dezembro, o Ministério da Saúde ressaltou a queda de mais de 20% no número de novos casos da doença no Brasil em 2020. Ainda assim, fez um alerta à população mais jovem, principalmente, de que a prevenção contra o vírus HIV, que provoca a doença, ainda continua sendo a melhor escolha. A transmissão do vírus tem caído, assim como a mortalidade entre os portadores. Em 2020, 30 mil novos casos HIV positivos foram notificados no Brasil, contra 37 mil notificações em 2019. Para evitar o surgimento de novos casos, o governo reforçou a necessidade do uso e distribuição de preservativos, tanto masculinos como femininos – por conta disso, só em 2021, foram distribuídos 370 milhões.

Em 2021, 45 mil novos pacientes começaram a tomar o chamado coquetel anti-Aids. 81% dos brasileiros que são portadores do HIV estão em tratamento e, por conta disso, 95% não transmitem mais o vírus por via sexual, uma vez que a carga viral foi suprimida. O Brasil já ultrapassou a meta fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU) de redução da carga viral em 90% das pessoas que vivem com o HIV. Por conta da realização mais efetiva de pré-natal em gestantes, foi possível detectar 7.800 novos casos positivos para o vírus. Com tratamento precoce, foi possível evitar o desenvolvimento da Aids em crianças com menos de 5 anos. Apesar do avanço na detecção do HIV e no tratamento, em 2020 mais de 10.400 pessoas que viviam com o HIV e já haviam desenvolvido a Aids morreram por conta da tuberculose, uma vez que a Aids ataca fortemente o sistema imunológico do paciente. Por isso, é preciso ficar atento às ações de prevenção e fazer sexo seguro.

Os homens ainda respondem por 60% dos casos de Aids no país, sendo que a faixa etária dos 20 aos 34 anos concentra 59% do total, por isso, segundo o representante do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, Nereu Mansano, um dos grandes desafios, neste momento, é atingir esse público, principalmente porque os homens são quem menos procuram o sistema de saúde. “Nós vamos continuar esperando essa população de uma forma passiva nas nossas unidades de saúde, nós vamos ter resultado? Provavelmente não. Precisamos trabalhar de uma forma mais ativa, no sentido de fazer chegar a essa população jovem, que acha que com ela nada vai acontecer, e atingir essa população tanto nas ações de educação e promoção como também ao diagnóstico precoce”, disse Mansano.

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