Sete em cada dez brasileiros consideram a situação econômica ruim ou péssima

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Sete em cada 10 brasileiros consideram que a situação econômica está ruim ou péssima, enquanto 64% acreditam que o país ainda não iniciou o processo de recuperação da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, revelou pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto FSB divulgada nesta sexta-feira, 10. O levantamento mostrou que 80% da população acredita que o atual momento é tão (31%) ou mais (49%) grave que as outras crises enfrentadas pelo país, e que 56% acreditam que a situação piorou nos últimos seis meses. Sobre as perspectivas de futuro, as opiniões ficam divididas: 34% afirmam que a economia vai melhorar um pouco (27%) ou muito (7%) no próximo semestre, enquanto 32% pensam que a situação tende a ficar pior. Para estes últimos, 17% dizem que a economia ainda vai piorar muito, e 15% um pouco. Para 36% dos pesquisados, o ritmo das atividades deve levar mais de dois anos para se recuperar, contra 20% que afirmam que o nível vai estar de volta ao pré-pandemia antes do fim de 2022.

O levantamento também revelou o impacto da inflação na vida das pessoas. Para 73%, variação de preços aumentou muito (51%) ou um pouco (22%) nos últimos seis meses, e três em cada quatro brasileiros (75%) dizem que sua situação financeira foi afetada pelo aumento dos preços. Destes, 45% afirmam que o aumento afetou muito. Para mais da metade dos brasileiros (54%), a inflação vai aumentar, sendo que 29% acreditam que o índice vai elevar muito, enquanto 25% afirmam que ele terá pouca variação. O agravamento das condições econômicas fez com que 74% dos entrevistados reduzissem os gastos. Entre os que diminuíram as suas despesas, 58% afirmam que a redução foi muito grande (20%) ou grande (38%). Os percentuais de redução de gastos são os maiores registrados pela pesquisa desde o início da pandemia: 18 pontos percentuais acima do segundo maior índice (40%) registrado em maio de 2020 e abril de 2021, momentos em que crise sanitária estava em momentos mais agudos.

O medo de perder o emprego interrompeu a série de quedas durante a pandemia e voltou a crescer, de 52%, em julho, para 61% em novembro. Para 16% o temor é muito grande, para 24%, ele é grande e para 21%, ele é médio. O percentual dos que não têm qualquer receio encolheu de 32% para 21% da população empregada. A pesquisa da CNI e do Instituto FSB entrevistou 2.016 brasileiros com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da federação entre os dias 18 e 23 de novembro. A margem de erro no total da amostra é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

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