O tempo firme em áreas de Mato Grosso ajudou a dar ritmo à colheita no maior Estado produtor de grãos no Brasil. Outras regiões do país também começaram os trabalhos. Em uma semana, o resultado foi um salto na área colhida de 1% para 5% do total cultivado com soja no país, apontam dados da consultoria AgRural antecipados à Jovem Pan. A produtividade vai bem na maior parte das áreas de Mato Grosso, mas os rendimentos continuam a piorar em Estados atingidos pela seca como Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural indica perdas de 30% na soja catarinense. O Sistema Siga Famasul atualizou números e prevê quebra de 1 milhão de toneladas de grãos para os sul-matogrossenses. No Rio Grande do Sul a colheita ainda não começou e as temperaturas altas estão castigando a produção agrícola que perde potencial produtivo a cada nova semana.
De acordo com a AgRural, haverá perda em áreas isoladas do Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Minas Gerais por excesso de chuva. Com os problemas climáticos, a empresa cortou a previsão de safra de soja para 133,4 milhões de toneladas, cerca de 7 milhões de toneladas menor do que o projetado pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab. O mercado já coloca na conta a perda por seca e chuva e descarta safra recorde de soja no Brasil. Agricultores esperam ansiosos o anúncio oficial das medidas de socorro para driblar os sérios desafios enfrentados no campo. A situação é desafiadora e o agro tem pressa. É preciso que o governo anuncie nos próximos dias as alternativas que incluem crédito extra e renegociação de dívidas para, minimamente, atenuar os problemas gerados pela quebra de safra em diferentes regiões do país.
Jovem Pan