A Abertura Nacional da Colheita da Soja – Safra 21/22 ocorreu na quinta-feira (17), a partir das 9h (horário de Brasília), em Sebastião Leal, no Piauí. Entre os temas debatidos, estão os custos de produção e a escassez de insumos, dois assuntos de suma importância ao produtor rural.
Diante deste cenário, o pesquisador da Embrapa Soja, Alvadi Balbinot, salienta que a respeito dos fertilizantes, um dos itens que mais pesam no bolso do agricultor, tem-se hoje algumas ferramentas para racionalizar o uso de nutrientes. “Uma delas é utilizar as doses dos nutrientes conforme os critérios técnicos com base no balanço de nutrientes e nos estoques no próprio solo”, explica.
Segundo ele, em momentos em que há níveis altos ou muito altos de nutrientes – especialmente fósforo e potássio – é possível fazer a racionalização da aplicação no solo sem perder a produtividade dos grãos.
“Uma outra estratégia que tem custo-benefício muito favorável para o produtor é a utilização de inoculantes que entregam resultado, como os fixadores biológicos de nitrogênio e os estimulantes de crescimento radicular, no sentido de que isso traga um melhor aproveitamento dos nutrientes que estão contidos no solo”, diz.
Nesse âmbito dos fertilizantes, o pesquisador também destaca o uso de sistemas de produção que confiram adequada conservação do solo e da água. “Podemos citar a integração lavoura-pecuária de forma bem conduzida, a própria cobertura de solo, que favorecem a conservação do solo e da água e também ciclam nutrientes que estão em camadas mais profundas do solo, trazendo para camadas mais superficiais em que a soja e o milho podem aproveitar sem nenhum problema”.
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